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Boneca

quinta-feira, 03 de Novembro de 2011 | 14:10

De cabelos compridos caídos as costas, cintura fina, olhar moreno, boca pequena, pernas compridas...

Que linda sempre sorrindo, sempre me olhando a noite cada vez que vou "pra" cama me deitar.

No mesmo lugar com seu vestido vermelho a acima do joelho e blusinha florida de pura seda.

Braços de fora com linda pulseira, e no pescoço um lenço fininho amarelo, brincos, correntinha, anéis todos com cristais azuis e verdes.

Fico a contemplar, pensativo recorro o tempo, um longo caminho, não sei de onde trouxe esta pequena que há tanto tempo me faz companhia, me alegra e torna o ambiente mais lindo principalmente nos momentos que estou sonolento. Toda sua graça e ar de menina, meiga e macia que dá vontade de abraçar, morder, e fazer de travesseiro.

Claro! Você deve estar pensando besteira de mim, agindo com o inconseqüente!

E eu rindo, respondo: Estou velho, lúcido, dono dos meus sentidos, no controle dos meus atos e pensamentos.

Refiro-me a uma boneca de pano dependurada na porta do meu roupeiro, bem a frente da minha cama, que dei para minha esposa há muitos anos.


Escrito por Goistaires Gonzales Acosta

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Cabelos sulcados

sábado, 22 de Outubro de 2011 | 22:25

La onde morava, ninguém gastava dinheiro com meninos na escola. Comprar calçados, livros, valises, uniformes, vale transporte, merenda, corte de cabelos no barbeiro.

Que nada!

Uma região rural, de pequenos latifúndios, entre as atividades de colono e criador, todos campesinos tinha em casa uma tesoura de tosquiar.

Era com esse instrumento que o cabelo dos meninos era literalmente tosquiado.

Os corte rente, ficava todo sulcado, deixaram um topete, que tinha a utilidade de proteger os olhos ou um pegador para aplicar a disciplina na hora de fazer os temas. No momento de somar, escrever o bê-á-bá e fazer a leituras em voz alta. Os pais também aplicavam a palmatória!

 Lembro hoje quando era juvenil, estudante do terceiro ano do primário, era aplicada a educação higiênica nos alunos. Enfileirados eram examinado os pés pescoço, ouvidos, unhas e os cabelos. Surgia uma serie de obrigatoriedade que me incomodava: cortar as unhas, portar pasta e estojo, calçados fechados e calça comprida,

Os cabeludos eram executados ali mesmo no pátio, por qualquer orientado ou jardineiro inexperientes no trato, embora com a tesoura adequada o corte continuasse sendo um massacre.

Certo dia, enquanto cortavam os cabelos do meu irmão, com a promessa de um corte arrojado. De repente ele levantou da cadeira e olhou-se num espelhinho, e para a surpresa de todos. Disparou a campo. Indo se esconder num mato de eucaliptos, em frente ao colégio onde estudávamos. Horas mais tarde varias pessoas saíram à procura do arredio. A professora Joaninha saiu com um prato com umas fatias de pão com manteiga coberto com um pano de prato, foi ao mato e descobriu o fugitivo que do escuro das folhagens espreitava as atividades lá fora.

 Com outra promessa o levou para o refeitório, depois dum café quentinho e caricias, terminaram a ‘tosa’.

-Quanta diferença meu filho!

Não se pode comparar pré-escola, jardim, ensino adequado, vans escolares, merendeiras, quebra-cabeças, aulas na bandinha, teatro, comunhão, recreação, telão, computadores... Queria ser criança agora!


Escrito por Gostaires Gonzales Acosta

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QUEM SOU

Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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