Vou contar uma história viva, embalada pela mitologia Grega.
Na linha de pensamento filosófico, toma forma o mito do que ouvira do meu avô, do meu pai e do professor de história quando colegial em Santa Vitória do Palmar.
A história se embala em torno do enigma que assombra as águas da lagoa Mirim.
Assim:
Algumas divindades Gregas: Zeus, Ganimedes, Atena, Hermes, Nefasto, Afrodite... Vivem no monte Olimpo, por ser o ponto mais próximo do céu e envolto em nuvens, tornando-o misterioso.
O Mundo seria dividido em diversos domínios o céu, a terra, os oceanos, lagos e o inferno.
Ainda, há as belas imortais e Deusas se comportam como mortais: algumas são namoradeiras, outras se casam, geram filhos, brigam e se reconciliam.
Sou apenas um compilador da Odisséia de Homero “o Grego”, um sujeito estudioso: as Deusas amavam e eram irresistíveis, habitavam as águas do planeta.
Também as ninfas, cárites e Erínias, mulheres jovens que habitavam os campos, as grutas e as águas das lagoas.
Bem antes de “Cristo” uma ‘Nereida’ foi designada para ser a Musa formadora da Lagoa Mirim. Foi enviada através dos céus num furacão de água em forma de funil abrupto e ruidoso, desceu na região que viria a serem os Campos Neutrais, local que existia Oceano bravio. “Tália” fez seu ninho: afastou o Atlântico, formando uma coxilha longa plana separadora de volumes. No local escolhido, acalmou as ondas, dessalinizou, extinguiu os monstros e auxiliou quem se aventurasse no atravessar em embarcações ou pela “rota dos cavalos”. Alguns homens, normalmente jovens têm avistado Tália (“a verdejante”), gentil e graciosa, prometendo ajuda a quem corre perigo, quando a embarcação faz água, nas tempestades, erro de rota, ventos fortes....
Deslumbrante! Envolta em algumas algas, seminua ou num belo vestido decotado, cabelos longos enfeitados com coquinhos e frutos de palmeira. É um doce encantamento de candura, pra quem não endossa essas entidades com oferendas: pentes perfumes, flores, orações...
Continua na próxima semana.
Uma ocasião ao empreender uma empreitada para demolir uma casa antiga em Rio Grande de posse de uma herdeira, meu ajudante teve uma crise de gagueira e abandonou seu posto. A história começa assim: Reuni operários selecionados, traçamos um perfil das atitudes e nos pusemos a remover as portas, as louças, os azulejos, os assoalhos e madeiramento do telhado com a intenção de reaproveitar.
O ajudante muito prestativo e disposto a ganhar um adicional se prontificou a prestar ronda para proteger o equipamento logo no primeiro dia.
Numa noite, ainda nas primeiras horas quando em casa dormia, o ajudante apareceu com os olhos brilhantes e gaguejando, me disse:
- GOSTAIRES não fico mais de guarda, não volto mais para o serviço! O dono da casa foi lá e falou comigo! Sentenciou-me dizendo que estamos fazendo um crime em demolir a residência, que ele fizera com tanto esmero!
Acontece que o simplório deduziu que o dono da antiga morada fosse umfantasma!
Para acalmar o ajudante que quase morria de espanto, expliquei:
- Olmo. Ouça: eu não havia te dito, a casa é velha, mas o antigo proprietário ainda vive. Ele estava em Porto Alegre e neste momento voltou à cidade para assinar os documentos e o projeto da nova casa!
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.