A Brigada Militar tem sido presença na Capilla ---o nosso Taim--- desde tempos imemoriais, pois ali esteve aquartelada em diversos imóveis; um dos últimos foi usado pela Força até o início da década de 70, cujo aquartelamento foi um prédio, segundo relatos fidedignos, construído nos tempos da Revolução Farroupilha. Na década de 50 o velho prédio que albergava um Destacamento do Velho Batalhão de Guardas recebeu um Grupo de Combate, sob o comando de um Sargento, subordinado ao 1º Regimento de Polícia Rural Montada "Regimento Cel. Pillar", o qual tinha sede na cidade de Santa Maria.
Entre 1970 e 1972, o Comando do Ex-3º Batalhão de Guardas, recebeu de volta o seu Destacamento e construiu o atual prédio, onde está atualmente a presença do 6º Batalhão de Polícia Militar, com seu Destacamento Policial Militar aquartelado. Como em todos os destacamentos da Força, sempre houve a preocupação de que o pessoal a ser destacado, teria de estar classificado no "comportamento BOM e ÓTIMO", para que houvesse uma integração social, da maior qualidade, com a comunidade local.
Passados os anos, houve muitas transformações em nossa Brigada e dezenas de destacamentos foram extintos, e, de muitas formas essas comunidades prejudicadas sem a presença e proteção da "Briosa"; sendo que o Taim sentiu fortemente essa ausência. Agora o prédio da Brigada Militar --- no Taim --- foi reformado, pintado e posto outra vez em funcionamento, inclusive com a dotação de um respeitável contingente de preparados Milicianos, bem armados, equipados e com viatura adequada para o patrulhamento de campanha. Sabe-se que o terreno onde está construído pequeno Quartel do Destacamento, é fruto de doação de pessoas físicas daquele Distrito, portanto, parabéns ao Comandante Ten. Cel. Carlos Alberto Brusch Terres e ao seu Estado Maior, pelo ato de reativar o Destacamento Policial Militar do Taim.
Os Gaúchos gostam de saber que a Brigada Militar está presente, e, os Brigadianos orgulham-se do passado honroso da Força que, criada no dia 18 de novembro de 1837, defendeu sempre a cidadania, a nossa integridade territorial e sobretudo o bem estar social; saber também que Brigada lá estava com seus Batalhões de Voluntários da Pátria na Guerra do Paraguay, na Revolução Farroupilha, na Revolução Federalista e em todos os movimentos revolucionários do século XX. Deve ser dito por derradeiro que na elaboração da Constituição de 1988, o único Estado da Federação Brasileira que não aceitou mudar o nome de sua Polícia Militar, foi o Gaúcho Rio Grande do Sul, mantendo pois o histórico nome de BRIGADA MILITAR.
Parabéns gente Gaúcha do Taim--- nossa querida Capilla --- pela luta e agora pela presença da Brigada Militar em caráter permanente para desempenhar a seguridade cidadã e também manter a integridade e proteção do Banhado do Taim, reserva ecológica do Rio Grande e de Santa Vitória do Palmar.
O ano era 1978, minha missão era entregar um volume a alguém desconhecido, num lugar que nunca havia ido.
Com as instruções, o volume, mais uma sacolinha com bolachas e alguns pãezinhos, segui para a estação rodoviária de onde morava bem cedo pela manhã. Com o dinheiro que me deram, comprei passagem para Bajé com ponte em Pelotas.
Viajei com uma caixa de isopor contendo um objeto (volume).
As instruções eram para manter a caixa em freezer e assim que lá chegasse e a qualquer custo à missão teria que ser realizada.
Lá chegando coloquei a encomenda num balcão refrigerador com vidro na frente duma lanchonete e fiquei por ali o protegendo. Na hora supostamente marcada (16:00 h) estava no lugar indicado. Mas ninguém se apresentou para receber a encomenda.
O que deveria fazer?
O que você faria?
Sem prerrogativas seguindo instintos resolvi esperar até o dia seguinte, hora e local.
À noite na rua vaguei em torno da lanchonete e estação rodoviária onde seria o local de contato. Acabei pernoitando num banco em frente ao destacamento da Brigada Militar.
No outro dia um mal estar me dominava, com dinheiro somente para a volta, meus suprimentos acabara, uma angústia e inquietude me dominavam.
Comprei passagem de volta para as dezesseis horas até Pelotas, e enquanto esperava o embarque, ao meu encalço um policial, uma enfermeira e outras pessoas me interpelaram.
- Você atende por Guuustaire? Perguntou-me o policial.
- Sim senhor! Disse.
-Você esta com a encomenda do HARTUR K? Perguntou a enfermeira.
-Sim senhora! Disse.
-Graças a Deus chegastes bem na hora! Respondeu a enfermeira.
Nesse momento entendi que um veículo da polícia e uma ambulância me aguardavam. Constatei ao voltar, que houvera um “entrevero” ao me passarem a data e horário a cumprir.
Ufa!!
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.