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O fotografo

quarta-feira, 29 de Junho de 2011 | 12:13

Durante cinco anos da minha vida estudei fotografias, em preto e branco e num cômodo nos fundos de casa, fiz um estúdio.

Comprei dos fotógrafos antigos da cidade, ampliadores, bandejas, máquinas, reveladores, cronometro, guilhotina, fixadores, para filmes e papel especial adquiri do Chuí.

A arte da fotografia quando no laboratório é reveladora.  Entre o escuro total e a luz vermelha, as imagens nas lentes dos instrumentos vão aos poucos sendo definindos, verossimilhança a dos momentos clicados. Algo fantástico e eternizador posta em prova, bem na nossa frente.

Eu sei, eu fiz! Recortei imagens, picotei, nevoei, estampei, cortei, removi outras e ainda inovei em centenas de fotos pintando as roupas com caneta hidro-cor.

Primeiro lançaram as cepas e projetores depois as fotos coloridas. Os filmes a cores, eu mandava para a zona Franca de Manaus para serem reveladas.

E vinha um filme grátis o que me deixava muito entusiasmado.

Há tempo bom! Em meio à transformação. Na corrida noturna ao Ginásio, (atual ensino médio) ao dia trabalhado, as fotos só me deixavam em desvantagem e prejuízo. Parecia que alguém queria a minha desistência.

- Isso é voltado para dentro! Um bolso sem fundo!


Escrito por Gostaires Gonzales Acosta

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Mês junino?

segunda-feira, 20 de Junho de 2011 | 16:40

Lembro ainda das primeiras fogueiras de São João da minha vida, dos anos 1968 e 69, quando incluso na Escola Agrícola em Santa Vitória do Palmar.

A gurizada investia para armar a fogueira numa vara de eucalipto altíssima e muitos galhos e folhagens em volta.

Em mim, as vésperas ascendiam minha imaginação. Quando acesa era a maior fogueira do mundo, o suficiente para me aquecer a distancia e esquentar toda a noite. Gritaria, correria, dança em roda, pular as brasas e por fim comilança. Pipocas, amendoim, rapaduras, batata-doce e uma bebida quente com aroma de canela e cravo, que nunca havia bebido?

- Que delicia!

Como nas arvores, o cerni marca a existência. Marcas dos períodos frios ou quentes e estiagens. Lembro-me: mais escuras pareciam as noites longas e frias desse mês.

Petiscos próprios da Festa de São João, incomuns às crianças, me reportavam na Escola a minha infância. O brilho da fogueira me enchia de recordações. Recordações da casa distante: dos pais, da cama, das comidas, do fogão a lenha?

- Eta gostosura!

São João hoje pra mim é "a festa dos filhos": pra estar junto na rua à noite, rir, cantar, dançar e num gesto brejeiro se comportar com tal. Ver nos rostos colorados da garotada o brilho de uma fogueira.

É! Na real seria mais ecológico, enfeitar a festa com bandeirinhas e no centro instalar uma fogueira de luzinhas (como a arvore do Natal).

Ao meu crer nada mais será igual, como quando a gente era pequena. Mas com um pouquinho de esforço o mesmo que sentíamos podemos fazer sentir numa criança. Na noite do dia vinte quatro, eu vou pintar e bordar com meu bigode e suíça artificial e roupas: chapéu, casaco e botina própria do festejo!


Escrito por Gostaires Gonzales Acosta

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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