Dentre alguns assuntos, o que mais me causa estranheza é o esforço de alguns parlamentares estaduais em convencer-nos que teremos que pertencer a uma formação de cidades unidas e, dizem-nos isso com a maior naturalidade e, mais ainda; dizem que devemos ser uma cidade satélite de Pelotas. Assim, a nossa auto-estima vai para o brejo! São tantas as investidas destes políticos sobre este assunto, que fica claro que todos os argumentadores são de pelotas, ou do meio do caminho. Em busca de votos em nossa terra, estas ilustres figuras tiveram a ousadia de apresentar os benefícios que teríamos com a união dos municípios em uma região metropolitana, onde Pelotas seria a cidade chave, em outras palavras, a Metrópole. O atrevimento não foi pela explicação sobre o assunto, mas sim por não mencionar nenhum projeto para cá. Sob o ponto de vista do deputado do PSB, só teremos mais força juntos.
Mas em momento algum falou das necessidades de Rio Grande, o deslocamento do aeroporto para atender os municípios do extremo sul, avenidas mais largas, duplicação em vias de acesso ao município, hidroviária maior e com mais conforto, embarcações confortáveis com transporte para Pelotas, que permitisse aos moradores de Chuí e Santa vitória o acesso através do canal São Gonçalo. Não mencionou nada disso! Nitidamente cumpriu a agenda política, pareceu-me que estava em um palanque improvisado, apenas de olho em nossos votos. E, com certeza o meu não terá, deixarei aqui em minha terra, em mãos de pessoas confiáveis.
No entanto, as nossas reivindicações, por não serem salientadas ficam esquecidas, Claro que se houvesse interesse em valorizar Rio Grande, junto à região sul, o ilustre destacaria as belas paisagens da nossa Laguna dos Patos, que se faz necessário incluir na relação dos pontos turísticos da nossa geografia. Porém, não quero aqui permitir meu descontentamento aflorar por assistir discursos hipócritas. Quero sim aproveitar as promessas de prosperidade de nosso município, lançadas por este magnânimo senhor da oratória fácil e, salientar que devemos encurtar as distâncias das fronteiras de nossa Rio Grande.
Mas, também considero as minhas palavras tal qual um olhar observador, aquele que aguça a percepção e, que nos faz sentir sensações de desconforto e mal estar quando vemos tanto dinheiro arrecadado para nada destes recursos se destinarem à nossa orla. Mesmo que as mais variadas e suntuosas palavras sobre este grande caminho de águas não entre no papel, por falta de conhecimento do assunto, arrisco-me em poucas linhas dizer que deveria haver um projeto na assembléia legislativa estadual para permitir a exploração de trafego de passageiros nesta fantástica laguna.
De fato, poderia ser um meio de aproximar Santa vitória, Chuí, Arroio Grande, Pelotas e São Lourenço desta histórica são Pedro. Assim, levanto esta questão, incluindo um local com balneabilidade. Não há como entender que do outro lado da lagoa, Pelotas e São Lourenço e outros municípios têm as praias mais populares desta grande laguna que nasce aqui em nossa terra. Este formidável pedaço da natureza foi generoso com Rio Grande, pois é deste lado, que sua orla se esbarra no mar. Portanto, a água é mais limpa e mais salgada. Mas, infelizmente não há praia. Mas, por que não?
Se os olhares se voltarem para este pedaço de Rio Grande, haveria uma nova atração turística para nós e para os tantos que visitam as nossas terras. E, mais que isso, após transformarem o local em uma praia balneável haverá como receber banhistas de todas as classes, as diferenças sociais iriam naturalmente diminuir. Seria um prato cheio para esta atual administração que, usa camisetas com estampas socialistas. Além do fácil acesso, a arborização do local permitiria um bom chimarrão à sombra, acompanhado da brisa fresca da lagoa, ou, até mesmo contemplar o pôr do sol à frente da maior laguna do Brasil. Mas, o que vejo são apenas políticos fazendo campanha, então isso não passa de ilusões.
*Professor e Corretor de Imóveis
Os entraves da chamada retomada do crescimento de Rio Grande são os demonstrativos da falta de competência da gestão municipal. Primeiro que Rio Grande não estava estagnado, vinha passando pelo melhor momento de desenvolvimento de toda a sua história. Segundo que a nossa cidade estava no mesmo curso de desenvolvimento desta atual administração, isso sob o prisma teórico. Todavia antes havia uma disposição natural para o crescimento. Hoje a atual gestão não consegue administrar, a preocupação é encontrar irregularidades na gestão anterior para lavarem roupa suja na mídia. E, estes eventos sobre a Noiva do mar e o plano diretor que, alegam ter sido alterado para permitir prédios de maior altura na linha mediterrânea, conhecidos por “torres prediais, são apenas pano de fundo para mascarar a falta de capacidade de administração. Quanto à alteração no Plano diretor, diga-se de passagem, foi a coisa mais acertada; precisamos de prédios de maior altura na beira da praia e, isso é óbvio. O aumento populacional nos obriga a isso.
Ou seja, este governo que aí se encontra não sabe por onde começar para apresentar resultados concretos para as exigências dos contribuintes, Então, o que fazem? Vão vasculhar as decisões tomadas na antiga administração. O pior de tudo é que não entendem nada sobre o assunto. Mas, Isto se tornou uma bandeira para os partidos de oposição que, quando chegam ao governo, passam quatro anos sem fazer nada, mas falam mal do governo anterior o tempo todo. È o velho método de governar dos incompetentes! Isto já aconteceu em Pelotas, na gestão do Marroni, lembram?
Este é o pensamento mais medíocre e detestável que podemos presenciar e patrocinar. Acrescento ainda que, se esta equipe do governo estivesse administrando uma empresa privada já estaria demitida, caso não fossem alcançados os resultados previstos. Mas, na gestão pública, não há cobranças de resultados, o contribuinte não tem controle para fiscalizar e tão pouco fazer auditorias e, esses políticos profissionais mascaram a administração através da mídia. Se nosso gestor está preocupado em encontrar irregularidades devia ficar prestando serviço jurídico em seu gabinete e deixar a administração para alguém que saiba administrar. Por que não ter ao seu lado um administrador a altura da arrecadação do município?
O que não é possível é a Procuradoria do Município estar em todas as Secretarias Municipais fazendo auditorias. E estas auditorias não têm nenhum sentido; existe o tribunal de contas do estado para esta função. Claro, se houvesse evidências. Por que em vez de nosso município estar em mãos de administradores, abre as portas dos nossos cofres públicos recheados de impostos para uma equipe de advogados fazer inspeção nas decisões do antigo administrador, se gastam mais o nosso dinheiro em folha de pagamento do que em obras no município? Por interesse pessoal e não público, se isso não acontecesse o que fazer com os tantos advogados do escritório do chefe do paço? Sem falar nas reuniões realizadas em clubes sociais acompanhadas por jantares caros e regados a vinhos de boas adegas para traçar os planos de investigações. Coisa de quem cursou direito e se deixa levar pela empolgação da profissão.
É, na verdade estão usando os cofres públicos na manutenção dos cargos em comissão. Talvez os personagens do “circo do Bebé” venham a fazer parte deste governo tão divertido, de puro espetáculo! Enquanto isso nós estamos aqui, sentados em arquibancadas vendo este carnaval que começou em janeiro de 2013 e, se não impedirmos irá até 2016 e, há quem diga que não estão liberando dinheiro para o carnaval, que gente ingênua, nesta gestão o carnaval nunca acabou!
*Professor e Corretor de Imóveis
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.