A Empresa “T” de Rio Grande era líder no mercado de adubos, seguida por outras duas.
Assis era segurança da “T”. A noite costumava ir ao Bar Gatinho na Avenida Santos Dumont, beber alguma coisa...
Assis muito chusma Contava:
Lá na empresa tinha um servente de carpintaria chamado Marcelo que queria loucamente comprar uma lambreta, sabia décor as vantagens, mas lhe faltava o dinheiro.
Marcelo consultara a lista do seguro e descobriu que a falange do dedo polegar direito valia seu sonho, a lambreta.
Marcelo com os amigos planejava por em pratica um plano. Esmagar o dedo no horário de serviço na dobradiça da porta dum Carterpila.
No bar, Assis sempre ocupava uma ponta do balcão num banco alto, depois de algumas pingas ou vinho, ria a toa e falava abertamente o que vinha a ser um segredo entre amigos.
Em 1974, na construção dum pavilhão da fabrica que ainda existe com o nome de “Yara”. Muitos carpinteiros se desdobravam montando a estrutura. Air com seu cinturão porta esquadro, lápis, pregos... e martelo de cabo longo, tinha como assistente o Marcelo.
Eles trabalhavam no alto, ao sol, ao vento e sob o rigor das normas de segurança.
Air pregava as madeiras da cobertura e Marcelo ao lado segurava travando as peça com as mãos, ambos de cinto preso no guia, capacete, botina, luva de couro...
Air, perguntou:
-Marcelo ainda tu continua com vontade de comprar a lambreta?
-Sim, é claro! O que é um dedo se tenho tantos.
Air apontou o prego na madeira e bateu com toda força, uma, duas e na terceira, bem na falange do dedão direito do Marcelo com luva e tudo.
Corre na artéria o sangue, do peito o leite que nutre à vida, no transporte à explosão o combustível, nas plantas a seiva, na refrigeração a amônia (NH3), nas flores o néctar e ainda muitos outros como as essências dos perfumes...
Ainda há o liquido que escoa livre do Andes, do Pirineus, dos montes Urais... Sim, das montanhas desce os rios serpenteando as ladeiras canalizando a mais nobre fonte da nossa existência; a água (H20), dois terços da superfície do planeta Terra.
Estava pensando nesta matéria e lá se foi um pedaço da minha noite enquanto ouvia a chuva lá fora num processo natural se preparando para seu ciclo. A água em todas suas modalidades, chuva, garoa, cerração, neblina, geada, neve... Nos campos para as plantas e ‘pra’ todos os animais. Eu aqui do meu apartamento com a vida no asfalto tenho água na torneira, translúcida, insípida e inodora, devo ter conhecimento que uso algo que não é só meu.
O hidrogênio (H2) com o comburente oxigênio (02) surge à vida, e muito mais, do qual somos constituídos de 73%; em síntese, a água é o “liquido sagrado”, vida em todos os seres vivos.
Devemos nos conscientizar da necessidade em cuidar não só do lixo reciclável, mas também do nosso esgoto, não colocando, óleo queimado e doméstico, fluídos, substâncias tóxicas... Só assim estamos zelando um pouquinho pelo “saco da Mangueira”, e na seqüência dos poços artesianos, na lagoa Mirim, no aqüífero Guarani...
Sem falar da água dos oceanos, das águas contidas nos pólos congelada, dos destilados e do liquido em menor parte “o amniótico".
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.