O filme Tropa de Elite 2 aborda o submundo do crime e as suas entranhas. Pobre Capitão Nascimento! Impotente frente às novas ameaças que se lhes apresentam. Ameaças que agora não são tão visíveis e transparentes quanto os traficantes do primeiro filme, os quais enfrentava e derrotava com sua coragem e habilidade. O Capitão Nascimento o nosso herói, invencível, o nosso Eliot Ness: idealista, corajoso, jovem e bonito. O nosso justiceiro que cheio de ideais enfrenta os bandidos com determinação e coragem. Mas agora, como o Super Homem diante da kriptonita, ele se sente impotente, frágil, sem saber o que fazer diante de novos e poderosos inimigos que até então desconhecia. A sua valorosa tropa, símbolo de correção, competência e ideal fora transformada em massa de manobra para servir outros interesses que não o combate ao crime e o bem da sociedade. O filme passa uma visão lúgrube e escura de um submundo real e verdadeiro com o qual nos deparamos todos os dias. Faz uma forte critica as autoridades corruptas e principalmente dos maus políticos. A primeira vista talvez que saiamos do cinema um pouco descrentes das nossas autoridades e políticos, mas se procurarmos analisar a mensagem sob todos os aspectos vamos verificar que a política no geral é o problema mas também é a solução. A polícia pode ser boa ou má dependendo do sistema ao qual esta subordinada. Se ele for bom, constituído de pessoas de bem, com certeza ela será boa, mas pelo contrário, se estiver subordinada a pessoas de má índole ela será o reflexo dessas pessoas. Por isso que é importante o nosso voto. Não nos deixemos levar por maus políticos que estão ligados a interesses escusos. Devemos sempre procurar saber qual o caráter e os valores do nosso candidato. Se votarmos em pessoas de bem, com certeza o nosso mundo será melhor.
Vendi uma propriedade. Foi um alívio por me desfazer de uma fração de terra,
que me causava uma série de desconfortos.
Dois meses depois ao encontrar na cidade um vizinho lindeiro da mencionada,
fui tomado de remorso e desta vez o desconforto foi maior. Meu ex-vizinho e
ainda amigo fez-me lembrança das atividades que lá realizava: silvicultura,
apicultura, churrascos e aventuras numa mata nativa de alguns hectares.
Lembrei que no tempo que lá estive meu filho cresceu enquanto eu interagia
mudando a concepção dos demais lindeiros, implantando a idéia de
preservação. Proibi caçadores de animais nativos em extinção no local:
tatus, lebres, aves...
As abelhas que foram minhas deixei migrar pro mato e a vida explodiu verde
com leve perfume de flor de eucalipto, aves que nunca havia visto voltaram
para dar conta dos muitos tipos de insetos.
Há! Se não fosse à cruzada social que é tudo que importa, poderia contemplar
e usufruir mais tempo o que para os outros deixei: acácias, jerivás,
pitangueiras,... casa, flores e todas as frutas que minha ex-propriedade me
dava, sem falar dos animais nativos que me viam indiferente.
Olhando pro chão pedi licença ao meu velho amigo e sai dali prá chorar
noutro lugar.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.