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A mensagem

quarta-feira, 22 de Setembro de 2010 | 15:25

Em 1984.

Estava só, na minha casa em Rio Grande, domingo numa tarde de verão. Sem nada pra fazer e ninguém pra me aborrecer, na solidão do meu quarto. Eis que optei por ouvir musica no meu pequeno rádio gravador, o único disponível. O aparelho que fora uma maravilha, só funcionava a faixa AM. Ao sintonizar perdi meu tempo ouvindo um programa espírita. Quando o locutor comunicou que transmitiria uma mensagem salientava para os ouvintes ouvirem com atenção o que iria dizer e se tivesse um gravador por perto “gravasse”, porque a mensagem era direcionada a uma pessoa que nesse momento não estaria presente.

Bem, eu como desacreditava tal assunto e achava uma bobagem, foi muito simples, nessa hora o PLAY do meu aparelho já estava acionado.

Foi rápido e o médium começou a 'locutar'. Era uma mensagem longa de amor de uma senhora falecida há muito tempo num acidente de transito. Ela falava da filha na terra por esta ter perdido seu bebezinho recentemente, demonstrava angustia antevendo um suicídio.

Pedia para que a filha não o fizesse: dizia estar bem e com a neta nos braços já identificados por luz Divina. Acrescido de que a vida delas noutro espaço estaria ligada as pessoas na terra, que a intensidade da paz aqui beneficia outras dimensões por nós ainda ignorada.

Bem é só o que interessa da mensagem pra este artigo; era um palavreado simples muito direcionado.

Na segunda feira, passei a mão na fita-cassete e fui pro trabalho, e com tudo premeditado, pra tirar uma onda da “Marina” uma colega da Magna-Engenharia, a quem dei a fita.

Foi rápido e fulminante Marina devota do espiritismo De Allan Kardec por ali mesmo ouviu a mensagem noutro aparelho, e se pôs a chorar lastimosamente, até que de repente foram me chamar. Vendo o sofrimento da moça, disse pra os demais, que se tratava duma simples gravação e zombei da situação.

Mas não foi só isso, Marina: chorando se declarava dizendo, da morte de sua mãe quanto era menina, num acidente de transito após a deixar na escola, estava na calçada e no outro lado da rua sua mãe, repentinamente foi arrastada por um 'automóvel'. Ela disse ter visto tudo e se culpa o tempo todo, inclusive balbuciou alguma coisa de um aborto espontâneo.

Acredite, pra mim não passou de uma bobagem.

Marina passou mal e a empresa comovida providenciou sua dispensa. Acompanhei tudo de perto e nessa hora me arrependia por ter provocado tal impasse.

Marina em crise de choro caminhava pelo longo corredor da firma e nessa hora mais afastado eu observava tamanha depressão.

Ela parou olhou pra trás e disse alguma coisa aos colegas que a acompanhavam. Chamaram-me no local.

Fui.

Marina disse:

-Gostaires tu não entende, tens um dom maior, a mensagem me foi enviada através de ti, e se ouvires de novo verás que tu foste o escolhido.

Bem, ouvi a gravação e num dado momento da gravação o médium em tom médio diferenciado, dizia algo que entendi ser pra mim. Confesso que fiquei confuso com as afirmativas do fim da tal mensagem

No outro dia a moça mais linda daquela empresa, pra mim sorria com ar de felicidade. Eu diante da minha seriedade também sorria em silêncio, conservando um mistério profundo.


Escrito por Gostaires Gonzales Acosta

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A direita que não se vê

terça-feira, 21 de Setembro de 2010 | 14:01

A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas;

a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias.

Winston Churchill

 

Diante da arrogância da esquerda a direita se acovarda, no Brasil isto está patente. Uma meia dúzia de homens que ainda primam por seus princípios e valores declaram publicamente que são conservadores ou liberais, ou seja de direta. Os outros se escondem por trás do 'murismo' dos que se dizem de centro ou do epíteto de 'progressistas', que é o apelido que os esquerdistas dão para aqueles que não são de esquerda, mas que, por medo ou ignorância, se deixam manipular por eles.

É triste e vergonhoso ver homens de alto nível intelectual e moral se juntando, e por vezes bajulando, ladrões e vigaristas da mais baixa categoria que pululam nos partidos de esquerda. É um dever moral de qualquer um que defenda a sociedade livre e o estado de direito ser anticomunista. Sempre é bom lembrar que, como diz minha avó, “Quem se junta aos porcos acaba comendo lavagem”.

É bem sabido que o capitalismo e a sociedade ocidental não são nenhum “mar de rosas”, mas isso não é motivo para que se troque eles por algo pior. E os regimes de esquerda, autoritários e assassinos por natureza, com certeza são piores.

Como liberal declarado e teimoso, diga-se de passagem, acabo “volta e meia” tendo embates com esquerdistas. No mais das vezes essas discussões não levam alugar algum, visto que uso argumentos, teóricos ou empíricos, enquanto que meus interlocutores tentam me convencer com histórias melodramáticas e choramingos. Outro fato que impede que se chegue a um lugar comum é que em uma discussão o liberalismo é sempre julgado pelos casos reais em que, ao menos em parte, foi levado a cabo, os argumentos teóricos não são válidos. Já no caso do socialismo/comunismo só vale o teórico, os casos reais foram “meros erros de interpretação dos homens”. Sei que é um erro de minha parte discutir com alguem que se minhas ideias forem levadas a cabo terá direito de livre manifestação e no caso das dele serem as vitoriosas a mim só restará a cadeia ou a vala comum, mas a teimosia sempre foi um dos meus piores defeitos.

Talvez pelo fatos dos textos chorosos, que usam sentimentalismo ao invés da logica, ou por, quase todos, esquerdistas esbravejarem, babarem e bufarem em meio a discussões, isso quando não “oferecem” pancadas a seus interlocutores, a direita se acovardou diante deles. Conservadores e liberais acreditaram na história, contada pela esquerda, de que a sombra do comunismo não paira mais sobre o Ocidente, baixando assim a guarda e levando um soco que a desnorteou. Até pouco tempo quem falasse que o comunismo ainda estava aí nos rondando era acusado de “açoitar cavalo morto”, agora com o cavalo do castrochavismo coiceando toda a América Latina as pessoas, estupefatas, notam que o cavalo estava se fingindo de morto.

A direita tem medo de se dizer direita no Brasil. A esquerda bombardeia a todos com mentiras e aqueles que poderiam lutar contra isso se acovardam ou se escondem por trás de subjetivismo políticos.

Não entendo, e em parte esse artigo é um desabafo, por que quem defende a democracia, o estado de direito e a liberdade tem vergonha disso. Pode ser que minha estupidez tenha extrapolado todos os limites, mas jamais me envergonharei de defender tais ideais. Quem deveria se envergonhar é quem defende regimes genocidas como o castrista ou o soviético. Esses sim deviam ter vergonha de andar entre os outros cidadãos.

Essas eleições são um exemplo claro do acovardamento da direita. O sociólogo Demétrio Magnoli em uma recente entrevista ao programa 'Roda viva' disse “A oposição abdicou-se de mostrar um caminho alternativo nestas eleições”, e ele acertou na mosca. A direita tem vergonha de se opor ao governo Lula.

Ou os partidos de direita, sejam conservadores, liberais ou mistos, retomam sua postura e defendem suas visões sobre o estado, a democracia representativa e a liberdade da expressão ou abandonem o espaço politico e se preparem para os campos de concentração e os pelotões de fuzilamento.


Escrito por Lidio Lima - Estudante de História FURG

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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