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Biodiversidade Politica - Estudo de Caso

sexta-feira, 27 de Agosto de 2010 | 17:52

O presente estudo tem como objetivo aclarar as diferenças entre duas espécies conhecidas na biodiversidade política brasileira: a Petistas do Brasil e a Petralhas brasilianus.

A Petralhas brasilianus vive em uma terra imaginária onde sua agremiação partidária é vista como exemplo de ética e moral; na visão destes seres cuidadosamente entalhados pela natureza, sua espécie é impar, formada em sua totalidade por honestas entidades, que carregam no peito um fervoroso patriotismo. Quanto à fisiologia, dizem que a natureza não os proveu de todos os sentidos. Recentes pesquisas científicas comprovaram que a maioria dos Petralhas brasilianus não são dotados de aparelho auditivo, bem como possuem sérias deficiências nos globos oculares, o que dificulta a percepção da realidade que os circunda. Exemplo de tal afirmação é quando da ocorrência do flagelo monetário nacionalmente apontada de Mensalão do PT, que trouxe expressivos prejuízos a diversas espécies que freqüentam o mesmo habitat do Petralhas brasilianus.

Todavia, a natureza, sábia como ela só, ofereceu um poderoso sistema fonador a esta espécie. São exímios oradores; com suas palavras, são insinuantes e cruéis, chegando a beirar um bizarro extremismo. Devido à carência auditiva já comentada, são aferrados quando do trato com o próximo, e apresentam-se sempre muito hostis. Outro traço que ficou evidente a partir de testes clínicos com renomados psiquiatras, é que curiosamente estes seres sofrem de um sério transtorno psíquico, caracterizado por alucinações sinestésicas e visuais, e pela insistente presença de transtorno delirante persistente – Paranóia.

Por outro lado, cabe ressaltar que existe uma outra espécie muito semelhante ao Petralhas, conhecida comopetistas do Brasil. Diversos folhetos especializados registram a presença destes seres por todo o território nacional desde meados dos anos 80; no entanto, diversos biólogos demonstraram que com o passar dos anos, esta espécie tem diminuído o número de exemplares. É bastante curioso o fato de que na região central do planalto brasileiro, a espécie Petralhas brasilianus entrou em conflito com a petistas do Brasil, o que levou à morte de centenas de companheiros, digo, exemplares da espécie. Alguns conseguiram sobreviver e acabaram por migrar para outros nichos, o que produziu um fortalecimento de espécies como o Pesolis revolucionarius e o Brasiliis pecedobês. Outros, segundo alguns especialistas, vivem em completo isolamento, e tiram sua sobrevivência de nanicas sinecuras. O fato é que a Petistas brasilianus está em sério risco de extinção.

Não obstante, devido a esta fissura dentro da própria espécie - e porque não dizer revolução interna-, aPetralhas brasilianus iniciou um doloroso processo de miscigenação com laias que a princípio eram completamente rivais à casta. Colloris mellus e Sarneum desonestus são apenas dois exemplos da referida miscigenação. Mesmo diante deste quadro que ora apresentamos, ainda é possível encontrar seres que acreditam piamente nesta corja.

Fim.

Sempre quando penso no PT e em sua maneira impar de agir, lembro das maravilhosas páginas da obra “A revolução dos bichos” do escritor George Orwel. Nesta história, os bichos de uma fazenda engendram uma revolução contra o Sr. Jones - o dono da fazenda-, que segundo Major, o porco ancião, é um homem muito ruim, que acaba sempre por aproveitar-se dos pobres animais.

De início são postulados os sete mandamentos da revolução:

1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.

2. O que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.

3. Nenhum animal usará roupa.

4. Nenhum animal dormirá em cama.

5. Nenhum animal beberá álcool.

6. Nenhum animal matará outro animal.

7. Todos os animais são iguais

Para encurtar o texto, basta dizer que no final, os porcos, que lideraram a revolução, moram na antiga casa do Sr. Jones, andam em duas patas, vestem-se como seres humanos, dormem em camas, bebem, matam e tratam os demais animais da fazenda com completa arrogância e presunção.

É impossível não notar semelhanças com a Petralhada, que sempre postulou a independência partidária e a guerra aos “corruPTos”. Foi só alcançarem o poder para fazerem pior do que todos no que tange à corrupção e a falta de vergonha nas fuças. E o que dizer das cenas de amabilidade entre Renan Calheiros, Fernando Collor de Mello e Lula.

Quem me conhece sabe que frequentemente digo: “eles sempre podem tudo, os outros não podem nada. Quando o partido deles faz alianças é pelo futuro do Brasil, quando são os outros, é falta de ideologia partidária.”

Deixo um grande abraço para Napoleão e Bola de neve, que agora, depois da revolução, vestem roupas geralmente avermelhadas e carregam junto ao peito estufado uma estrela amarela.

 


Escrito por André Menestrino

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Indignidade

segunda-feira, 23 de Agosto de 2010 | 15:28

Tenho muitas historias. Umas dóceis outras engraçadas. Mas esta é especial e deprimente. Vejamos!

Estava num dos meus inúmeros serviços no centro de Rio Grande num edifício no nono andar e junto comigo uma pessoa bem jovenzinha, da "pra" dizer a metade da minha idade.

Desenvolvíamos as tarefas e conversávamos, riamos e debochávamos das semelhanças de vida que se mostravam em comum.

Mas nada igual ao que bem no fim desta vou revelar.

Eu tenho minhas percepções: a pessoa que ali estava tinha um ar de sofrida podia-se ver na pele, nas manchas e cicatrizes.

Logo fui tomando frente ao dialogo e com astucia recorri meu conhecimento e o fui cercando de perguntas. Todas medidas a fim que me convinha, como um recipiente sem válvula de escape.

Por quê? Qual? Como? Quando? Onde...?

De repente o rapaz perdeu o chão, levantou os olhos à altura do horizonte, lá em baixo. Lembre que estamos no nono andar!

Vi. Passou o dorso da mão esquerda nos olhos e se pôs a falar.

Fui surpreendido com uma avalanche que me arrastou junto.

Resolvi escrever, como alerta a os pais. Para não cometerem este erro grave e irreparável!

Arrancou-me as cascas das minhas feridas e por minha vez também tive de secar os olhos, porque senti que como eu, ele tinha magoas irreparáveis.

Enquanto fazia parte de uma família bem estruturada, ele se sentia no ninho como os filhotes na matilha. Um dia por razões adversas, algo brutal aconteceu - Saiu por uma porta que se fechou - Tentou voltar e pedir perdão, mas o elo estava rompido - Não voltou, porque o pano de fundo foi rasgado num puxão preciso - Me disse que algo o mudou e que nunca mais foi o mesmo consigo próprio. E eu sem disser nada; era mais uma infeliz coincidência!

Nada! Nada é mais indigno que a triste sina dos pais mostrarem a porta da frente da casa, como serventia para os filhos.


Escrito por Gostaires Gonzales Acosta

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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