Andava no Bairro Getúlio Vargas e comprei por dois reais um filhotinho de bem-te-vi.
Ao passar numa rua avistei um menino que andava com um passarinho numa gaiola, pus os olhos e identifique se tratar dum filhote. Andava de moto e não consegui dominar os impulsos de “guri”. Voltei e fiz minha proposta. Foi surpreendente o êxito. Sai dali de imediato e fui direto ‘prá’ minha casa, nos Navegantes.
Era novembro de 2008; em casa foi uma surpresa para o meu filho e minha esposa proferiu: É mais uma “travessura” do Gostaires.
O bichinho com penugens no dorso e barriga pelada, bico amarelado, continha milhares de piolhos.
Ganhou comida na boca toda hora, tomou banho morno, cama seca e distância do gato que passou a dormir na rua.
O bebê, como foi chamado me reconheceu como sua mãe e como criança aos gritos pedia comida balançando os “braços”. O Bem-te-vi ao passar do mês criou penas, andou solto dentro de casa onde aprendeu a voar e dormia num poleiro improvisado no varal das cortinas e lá também fazia de banheiro.
Curioso! Quando cantava seu nome “BEM-te-VI”, bem desafinado, duas outras aves da mesma espécie acudiam os chamados na minha antena parabólica, em cima de casa. Claro é lógico, nesse meio tempo tirei muita foto e muitas pessoas foram em casa ver minha criatura.
As janelas foram abertas, e o passarinho, foi conferir, foi na rua e voltou. Noutro dia saiu logo pela manhã e voltou para seu prato de frutas e carne fresca picadinha sempre na janela. Outro dia só voltou à noite – Desapareceu um dia – Voou em frente de casa e veio comer e banhar-se na janela.
O mais impressionante, foi no dia vinte seis de janeiro, eu andava na rua, ele veio voando e pousou na minha mão, deixando meu visinho vidraceiro espantado a ver navios.
A última volta foi na primeira chuva forte, cantou na rua em frente, corri abri a porta e o peguei todo molhado. O secamos, alimentamos e o cuidei naquela noite.
Com o tempo me acostumei a levantar bem cedo, pois ele me chamava na rua, empoleirado na rede elétrica.
Como fomos felizes, durante os meses que tive em casa meu pássaro! Hoje quando ando por ai, todos os “bem-te-vis” são meus, e quando cantam , sinto ser pra mim. Fico todo envaidecido.
*Na foto: Gostaires, seu filho Marzo e o bem-te-vi.
Estamos a pouco menos de dois meses para o início das eleições 2010 e grande parte de nossas vias públicas já estão descaracterizadas. Ao passarmos pelo Largo Dr. Pio, temos que driblar a pista de obstáculos formada pelas placas e banners dos candidatos. Não há organização alguma por parte daqueles que ali estão. A prática é simples: chegam com seus materiais e colocam onde bem entendem. E o que dizer dos cavaletes nos canteiros das avenidas Presidente Vargas e Buarque de Macedo? Tem candidato que não está cumprindo o que rege o Art. 11 parágrafos 4° e 5° da Resolução do TSE nº 23.191, que limita até as 22 horas a permanência das referidas peças em via pública. Cabe ao eleitor atento fazer a denúncia ao órgão competente para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Candidato que não cumpre a Lei Eleitoral não respeita seu eleitor.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.