Em outubro ara-se a terra e semea-se o milho. Verdeiam as lavouras, dando vida às pragas de insetos, depois, as caturritas em bandos... O campesino sempre a espreita; da cana alimenta o gado, e quando o milho é verde há banquete em volta dos fogões à lenha onde é assado, se saborea cozido e noutras especiarias a pamonha e o cuscuz.
Nos pequenos latifúndios o milho maduro é recolhido, da palha ‘emparvada’ mais vida aos animais, como alimento de reforço e cama seca. Eu vi o choro da bicharada no pátio acostumada à ração do milho debulhado em horas marcadas, até a mais arisca das aves vem ao pátio para disputar o grão dourado quando lançado no terreiro; a os gritos se anuncia a refeição, “pruprupru pipipi”.
Se há um cavalo aragano, se engambela com milho do embornal, se o animal e fraco de reforço um litro do grão por dia; nem vou falar dos porcos, das cabras... Bem antes do trigo, do arroz, da soja o milho era a engrenagem principal na alimentação a nutrir o homem, na década de sessenta onde morava, as sacas eram a moeda, no pilão a canjica e na panela a polenta.
Hoje o Brasil é o segundo em produção. Milho que não tem o mesmo sabor; de bagual a hibrido a transgênico é um motivo para etanol. Na ração modificada é só extrato misturado a bico de aves e farelo de ossos. Cresci com milho na brasa e angu com leite. Se você não achou engraçado é por que nem parou ‘pra’ pensar de onde sai à pipoca!
SEXO DO BEBÊ: Num estudo empírico, que ainda não se obteve uma explicação racional, constata-se que toda a vez que um casal possuir as duas primeiras crianças do mesmo sexo, a terceira, quase com certeza, nascerá com o mesmo sexo. Assim, para os mesmos pais, se o primeiro e o segundo nascerem meninas (ou meninos), a terceira criança provavelmente nascerá menina (ou menino). Não existe uma explicação lógica. A única anotação que se pode fazer é de um provérbio árabe que diz: “Tudo o que acontece uma vez pode nunca mais acontecer, mas tudo o que acontece duas vezes, acontecerá certamente uma terceira”
MAIOR PAIXÃO: Entre as paixões humanas, o futebol é seguramente a maior de todas. É mais vigorosa que a paixão erótica, religiosa, política ou matrimonial. É uma força capaz de superar limitações biológicas e, até mesmo, de suplantar as barreiras da conduta humana. Há pessoas que mudam de religião; de partidos políticos; de parceiros ou de casamento. Há até alguns que mudam de sexo ou opção sexual. Mas praticamente inexistem os que trocam de clube de futebol. Um gremista jamais se converterá em colorado. Um colorado jamais se tornará gremista. A idolatria ao futebol é a mais irracional de todas as paixões. Enquanto as religiões prometem a vida eterna e os políticos o bem-estar da população, o futebol promete, como numa guerra, a vitória sobre os adversários. E o prazer não é simplesmente vencer, é também poder ver os adversários sofrerem.
QUANDO TROCAR DE CARRO: Carro não é investimento (é custo). Em decorrência da depreciação/desvalorização, pode valer a pena usar o carro por quatro, cinco ou mesmo seis anos. Como a perda de ano para ano é cada vez menor, manter o automóvel usado significa um gasto a menos que facilitará em muito a próxima troca. Em geral, o carro sofre maior desvalorização, entre 20% e 30%, no primeiro ano. Um fator que influencia essa queda abrupta é o lançamento de modelos novos, com preços mais altos. A desvalorização se reduz e praticamente se estabiliza a partir do quarto ano, com um índice anual inferior a 10%. Outro fator importante é que a cada troca o revendedor valoriza o carro que ele está vendendo e deprecia o que está comprando de você (ganha na venda e na compra). Assim, quanto mais trocas, maior o prejuízo.
EXEMPLO 1 - GOL CITY (TREND) 1.0 MI (base tabela FIPE)
a) gastos com a troca no 6º ano = R$ 59.865,00
b) gastos com troca de ano em ano = R$ 90.675,00
EXEMPLO 2 - MEGANE SEDAN EXPRESSION HI-FLEX 1.6 16V (base tabela FIPE)
a) gastos com a troca no 6º ano = R$ 112.361,00
b) gastos com a troca de ano em ano = R$ 170.925,00
*foram considerados: taxas, seguros, manutenção, desvalorização, licenciamentos e IPVAs.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.