Por força de nossas atividades, no correr atrás, constantemente viajo em visita a meus mais diversos representados por este Brasil a fora.
Vendendo o nosso bom peixe, industrializado por diversas empresas de nosso Rio Grande.
Este ano não fui além de nossas fronteiras, por absoluta falta do nosso camarão, considerado, pelos importadores da Espanha, Itália, EUA e Japão como o camarão mais saboroso do Mundo.
Em minhas andanças por aí a fora, observo o modismo que foi se alastrando por muitas cidades das mais diversas que se podem visitar a turismo ou a negócios, cidades grandes ou não, cidades conhecidas ou não, enfim, cidades nos mais diversos lugares onde se houve falar por qualquer meio de divulgação.
Hoje creio que muito poucas não têm o seu Calçadão.
Calçadão foi inventado ou criado não sei ao certo por quem, não me interessei em pesquisar, na década de 60 para restringir o acesso dos automóveis ao centro das cidades, facilitando o acesso das pessoas ao comércio, trabalho ou diversão com mais segurança.
Mas hoje o que se observa e o que se ouve, é que este modelo se esgotou, no item segurança. Após o horário comercial os calçadões ficam desertos, com o comércio que se limita a vitrines fechadas e restaurantes fechados por falta de frequentadores.
O que se vê é, as pessoas que pelo calçadão caminham apressadamente com semblante amedrontado, esperam chegar ao fim de algum calçadão, sem haver sofrido algum mal, dos drogados, marginais e outros freqüentadores que após a hora que o movimento das pessoas acaba.
O policiamento a pé hoje muito raramente é utilizado, hoje só algum pivete assalta usando as próprias pernas.
Hoje quem atravessa algum calçadão por aí, dificilmente encontrará alguma autoridade responsável pela segurança.
Hoje já notamos mudanças no conceito da segurança dos calçadões a noite, após o fim do expediente de trabalho em Porto Alegre e São Paulo, por exemplo, já estão liberando trechos, aos automóveis. Nota-se que a segurança melhorou, trazendo de volta mais frequentadores, restaurantes fechando mais tarde, lancherias com movimento, cinemas e o comércio de grandes redes prolongando o horário de funcionamento. Com a liberação aos veículos, os primeiros a chegarem são as viaturas policiais que pela simples presença afugenta os fora da lei.
Quem não gosta de curtir o ar livre das ruas, não é mais saudável que artificialismo, até das flores e plantas que decorem os Shoppings?
Ouço falar que nossa prefeitura, planeja reformas em nosso calçadão, porque não rebaixar o calçamento, como antigamente, fazer uma parceria com a CEEE, para fornecimento de energia com cabeamento subterrâneo, a CORSAN instalando hidrantes, e com cavaletes fechar-se-ia a Bacelar, Benjamin até a Gal Neto.
Fechar-se-ia da Duque de Caxias até Luiz Loréa ou Silva Paes, as ruas Andradas e Zalony, poderiam ser interrompidas nos horários comerciais, assim evitar-se-ia o desrespeito dos pedestres até com as sinaleiras e quem transita de motorizado usaria a Marechal Floriano, Benjamin, Silva Paes para acesso ao centro caminhando muito pouco.
Após horário comercial seria liberado o trânsito de veículos, que contribuiriam no resgate do centro de nosso Rio Grande.
Evidente que com limites velocidade, monitoramento. Não distante de nós, Porto Alegre, já liberam a Borges de Medeiros, parte da Voluntários, e estão planejando liberação da rua da Praia,para praça da Alfândega ser o que era nos bons tempos.
Os mais antigos se lembram, na Gal Bacelar, podia-se olhar as vitrines, ir ao cinema, frequentar bons bares, cafés, e hoje?
Saudações
Ao transitar pelo nosso Rio Grande, passando eventualmente pela frente de alguma escola que casualmente se situe no trajeto que temos que transitar ao irmos cumprir alguma atividade, ou seja, o que for.
Hoje ao ser parado por um Brigadiano no colégio Getúlio Vargas, onde o referido policial, fazia o contrôle da saida dos alunos do turno que creio haver finalizado as 11h30min.
Nos instantes em que aguardava a liberação da faixa de segurança, para continuar meu trajeto, observava o brigadiano orientando as crianças e adolescentes, acompanhados ou não pelos responsáveis, o mesmo cumpria seu papel com muita competência, e eu pensava comigo mesmo que aquele brigadiano deve ser um dos poucos, de um certo plano do Governo Estadual, que utilizava-se de brigadianos já reformados.
Gostaria de saber quantas escolas estaduais dispõem de brigadianos mantendo a ordem na saída e na entrada de alunos nos diversos horários dos turnos de aulas.
Nas escolas particulares e municipais não se vê nenhuma autoridade acompanhando ou dando apoio a tão importante atividade. Diariamente são noticiados assaltos a estudantes nas proximidades das escolas.
E o que mais me chama atenção, principalmente nas escolas estaduais e municipais, é que não se sabe quem é aluno, quem é marginal, quem é traficante, quem é irmão, quem é parente ou quem é apenas amigo.
Sabemos que muitos dizem que a utilização do uniforme é antiquada. Mas é uma das melhores maneiras de cultivar a disciplina, a organização e é o diferencial de quem é aluno. A ultilização do mesmo contribui também para todos gravarem desde pequenos o orgulho dos emblemas, das cores, das bandeiras e dos símbolos da escola que frequentam.
Hoje, pelo que eu sei, poucas escolas tem a sua caderneta, onde se marcavam, os atrasos, presenças, ausências, notas etc.
Seriam muito caros os uniformes, as cadernetas. Talvez seja melhor praticamente controlar nada.
Hoje com a informática, creio que bem mais fácil seria.
Mas o que se vê hoje é muita teoria e as práticas ficam apenas em estudos e outros conceitos, que aplicados acabam indo de mal a pior.
Noutros tempos no Lemos Jr. tinha o chefe de disciplina, que andava nas imediações da escola à procura dos gazeteiros.
Quem esqueceu o prof. Deoclécio?
Saudações!
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.