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Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.


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FLERTANDO COM O ATRASO

quarta-feira, 05 de Março de 2014 | 08:33

Greve dos Correios. Quase um mês sem correspondências. Só Sedex. Empresa pública para ricos! Prejuízo certo à economia, à usuários, notadamente prestadores de serviços que não recebem peças de reposição... Sou a favor do direito de greve. Com responsabilidade social! As condições de trabalho em Rio Grande são precaríssimas, basta entrar na agência central dos Correios...O monopólio e o aparelhamento dos Correios, antes um orgulho , transformaram-no numa tristeza de dar dó, com a confiança dos usuários em queda livre. Falta concorrência!

Greve no Polo Naval. Uma piada de mau gosto. Um modismo retrógrado. Incompreensível!

Aborto do projeto de condomínio no Cassino. Na contra mão da estratégia usada por prefeituras do litoral norte do estado, que incentivam a construção de condomínios de luxo, ( geram empregos, trazem renda e impostos ), optamos por espantar empresários que se dispõem?/unham a investir aqui, à exemplo do que se fez em Guaíba no caso da Ford. Pelotas e São José do Norte agradecem! Mais: contribui para a fogueira dos preços que vivemos na área imobiliária. Menos oferta, demanda aquecida, os preços sobem...nada popular!

Parece que estamos optando por um modelo como o fez a Argentina. Rica antes da Segunda Guerra, optou no pós-guerra pelo subdesenvolvimento e pelo terceiro-mundismo, adquirindo neurose pelas ossadas – estamos, aqui, sofrendo do mesmo mal - e crise de identidade:dizem que o argentino é um italiano que fala espanhol e gostaria de ser inglês...

E por falar em síndrome pelas ossadas... as décadas de 60 e 70, no auge da Guerra Fria, foram épocas de brutalidade. Deveriam ser esquecidas! Foi o objetivo da Lei de Anistia. Nada contra a indenização às famílias das vítimas. Mas entendo que as indenizações deveriam ser bilaterais. Nos anos de chumbo, não só os guerrilheiros sofreram: 104 militares, policiais e civis foram executados por terroristas ou sucumbiram cumprindo ordens de combate.

Mas... por falar em ossadas, problemão mesmo vão enfrentar os democratas cubanos, quando a ditadura Castro terminar, se criarem uma comissão para indenizar as famílias dos desaparecidos. Aqui, foram 136 mortos e/ou desaparecidos em poder do estado em 20 anos. Em Cuba, estima-se que fuzilaram, por baixo, cerca de 10 mil. Em termos comparativos com a população brasileira, teríamos de ter eliminado em torno de 150 mil pessoas. Nossos militares foram brandos. E nosso governo adora o “modus operandi” cubano.

Por essas e muitas outras razões, penso que estamos flertando com o atraso. E...corremos o risco de incorrer no mesmo equívoco dos anos 60: à época, não estávamos claudicantes entre duas formas de democracia, a social e a liberal, mas entre dois autoritarismos, o de esquerda, ideológico e raivoso ( para onde caminham Venezuela e Argentina, com o silêncio incômodo do governo brasileiro ) e o de direita, encabulado.

Vamos pensar com carinho nisso?

Economista*


Escrito por Nerino Dionello Piotto

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QUEM SOU

Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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