Havia um tempo, em que os revolucionários da POLOP (Grupo que se intitulava da política operária - lutava pelos interesses dos operários) preparavam suas investidas contra as autoridades militares, que garantiam a segurança nacional. Seus militantes limpavam com flanelas umedecidas em óleo, as suas armas, que acabavam de adquirir no mercado negro. Outros camaradas, que se diziam de outros partidos, estavam às voltas em sequestro de autoridades de outras nações. E outros mais, rondavam os bancos para fornecerem informações para seus cúmplices. Os assaltos eram rotineiras formas de arrecadarem recursos para as compras das armas soviéticas, alemãs e francesas. Assim, caminhava a anarquia na década de 60, do século passado. Porém, como o PT trataria esses movimentos de jovens revolucionários enfrentando o seu governo?
Outrora, a população civil, na maioria jovem, militantes de partidos liderados por fanáticos armava-se para derrubar o sistema e, entre eles estavam os seus líderes, que se diziam, dos partidos de esquerda. Esses últimos, “bravos guerreiros”, escondiam-se em suas mansões e lideravam a massa de jovens da periferia, por rádio amador em ondas que transmitiam as instruções dos confrontos.
Lá em seus quartos bebiam champagne e fumavam ervas estranhas e mal cheirosas em rodas humanas. Com seus cabelos compridos, se intitulavam símbolos dos rebeldes. Vestiam-se com casacos de couro e calças jeans, como se vivessem na Europa ou na Ásia. Esses líderes rebeldes deslizavam suas mãos por as cordas dos violões, quando estavam a sós, sem aqueles menos privilegiados que os seguiam e somente serviam seus interesses. Assim, por notas musicais tiradas das cordas deste instrumento e acompanhadas por letras cantadas em inglês, na versão Beatles ou Frances e espanhol, embora alguns preferissem cantar músicas da Jamaica para combinar com a fumaça expelida da cannabis passavam as suas tardes monótonas, de viciados improdutivos. Enquanto isso, seus pobres comandados estavam em meio à anarquia, armados até os dentes.
Esses jovens líderes sonhadores queriam ser “Robespierre”, “Lenin”, “Che Guevara” ou “Fidel Castro” e, em meio à fumaça soprada das ervas queimadas, deliravam. Seus ideais miravam o poder e através dele a glória e o reconhecimento de serem valentes guerreiros. Nos seus delírios, sob o efeito dessa fumaça não chegavam nem perto de um confronto direto com as tropas do exército. Em verdade, apenas queriam ser lembrados por suas “bravuras”, que eram exercidas por seus cupinchas. Estes ousados e covardes viciados, jovens, cultos, filhinhos de papai, doutrinados pelas mais diversas filosofias: inglesas, espanholas, francesas, húngaras, búlgaras, alemãs e soviéticas e de tantas outras pátrias que estavam nos livros de história, por suas revoluções, queriam figurar nos principais jornais, para com isso, alavancarem as suas futuras campanhas políticas. E aquelas bizarras criaturas, chegaram!
Hoje, 50 anos depois, esses jovens, agora envelhecidos, desfrutam o poder e, querem o desarmamento para que a rebeldia dos atuais jovens, que possuem mil motivos a mais que em tempo passado não lhes combata com a mesma violência. Assim, através do falatório de heroísmo os rebeldes revolucionários se mantêm no poder com suas artimanhas e falácias, mantendo as divisões do erário. E, prometem melhor Educação para o País e com isso, virão mais livros de história canonizando seus feitos.
Tudo começa com o desarmamento de todos os civis da nação brasileira é a única forma que este governo encontrou para, no apagar das luzes, por as forças armadas à rua e nos obrigar a marcharmos cantando o hino com braços erguidos de punho cerrado. Porém, irão nos convencer de que querem nos proporcionar segurança, qualidade de vida e distribuição de renda.
*Professor e corretor de imóveis
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.