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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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PESSOAS DIFÍCEIS

sábado, 23 de Abril de 2016 | 11:41

Os seres humanos, indiscutivelmente, precisam uns dos outros. Sendo assim, vivemos de acordo com algumas regras sociais pertinentes à cultura na qual estamos inseridos. Dentro desse somatório que rege os relacionamentos, encontramos pessoas extremamente agradáveis. Outras, nem tanto. Podemos até dizer que algumas são “detestáveis”.

No meio de tantas variáveis que encontramos em elementos de difícil convivência determinadas se destacam mais. Dialogar, ferramenta básica de aproximação e sintonia nos vínculos, geralmente, é complicadíssimo. Certos indivíduos querem ter razão em tudo o tempo todo. Qualquer vírgula comentada é motivo para intermináveis colocações e discussões. Não raro, de uma forma quase que “imperceptível”, vão conduzindo os seus pontos de vista para triunfarem nos seus posicionamentos. Dinâmica que nos causa certo cansaço, desinteresse e irritabilidade. Ademais, possuem a nítida fantasia de prejuízo ou perseguição no que se refere ao meio social. Os pensamentos contraindicados funcionam como uma espécie de funil. Ataques, mazelas, problemas do dia a dia, entre outros, dão a ideia de que são direcionados única e exclusivamente as suas pessoas. É como se, os demais, vivessem num “eterno jardim de r osas”. A incapacidade de lidarem bem com as vicissitudes e frustrações pertinentes à existência, cria um modo interno e externo ácido. Destarte, impulsos agressivos são externalizados facilmente. Parecem viver de mal com o mundo. Praticamente nada satisfaz a altura do desejado. Queixas e mais queixas tentam passar a convicção de que a realidade é sombria e que não vale a pena. A lei do “oito ou oitenta” é outra constatação. Se não são o “centro do universo”, das mais variadas formas, nada é interessante. Outra tendência óbvia é de viverem culpando aqueles que estão na sua volta. Pequenos defeitos, comuns a todos nós, sofrem uma amplificação extremamente significativa. A incapacidade de se colocarem no lugar do outro é clara e notória. No que se refere ao afeto, há, na essência, uma pobreza imensurável.

Quando analisamos comportamentos do tipo, costumeiramente, encontramos na infância explicações convincentes. Maternagem e paternagem deficitárias criam lacunas afetivas relevantes. Quem não foi amado suficientemente bem, encontrar e reconhecer amor passa a ser algo dificílimo. Não obstante, as referidas lacunas afetivas vão gerando precariedades e distorções nos relacionamentos. Essas, de modo natural, alimentam os imaginados prejuízos, inferioridade e ataques supracitados. Portanto, isolamentos, incongruências vinculares generalizadas são sintomas de que não houve, precocemente, integrações positivas e mínimas para possibilitar proximidades. A criança se desenvolve tendo como pano de fundo laços bastante inconsistentes.

Em suma, quando temos, dentro do possível, um entendimento maior acerca dos fatores desencadeantes de uma “pessoa difícil”, aumentamos as chances de convivermos melhor e de preenchermos a fragilidade emocional que possui.


Escrito por Ricardo Carvalho

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QUEM SOU

Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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