Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.
O índice de desemprego no país é algo assustador. Inúmeras famílias passam por necessidades básicas que geram desespero e profunda tristeza. Profissionais, das mais variadas áreas, encontram dificuldades extremamente significativas para obterem vagas no mercado de trabalho. Além da crise instaurada, a competitividade cruel é um outro dado de realidade. Destarte, jovens com nenhuma ou pouca experiência, como também, adultos com conhecimentos abrangentes, têm o potencial tolhido. Não obstante, hoje em dia, até mesmo os trabalhadores que conseguem driblar uma gama enorme de adversidades, vivem cotidianamente preocupados com a manutenção dos seus empregos.
Diante do todo supracitado, os aspectos emocionais corroem a alma. Sintomas assegurados. Salvo aqueles que possuem uma estabilidade nos seus afazeres, o nível diário de ansiedade ou inquietude é preocupante. A grande maioria não está tranquila. Estamos num ponto que, até mesmo o melhor desempenho possível, conhecimento expressivo, anos de prática, não são um atestado de segurança ou permanência na função. Os aspectos positivos, infelizmente, ficam à mercê das turbulências da economia nacional ou mundial. Conviver com isso é um sofrimento psíquico constante. Kierkegaard, define a angústia como "sentimento de ameaça impreciso e indeterminado inerente a condição humana, pelo fato de que a existência de um s er que projeta incessantemente o futuro se defronta de maneira inexorável com possibilidade de fracasso, sofrimento e, no limite, a morte". Portanto, não ter um trabalho, uma vida digna, implica no agravamento drástico de uma condição pertinente a todos nós. Com isso, partes nossas, indubitavelmente, padecem em doses homeopáticas. Dentro de uma visão antropológica nos reportamos, imediatamente ou quase, ao tempo das cavernas. Não trazer a caça para o povo implicava num grave abatimento associado as óbvias consequências. A falta de êxito, sem dúvida, dilacera a alma. O mais seguro dos mortais, balança consideravelmente.
Um dos questionamentos comuns que fazemos nesses momentos é como manter o equilíbrio no meio do desequilíbrio. A autoconfiança, autoestima, terrivelmente abaladas, devem encontrar forças suficientes no sentido de uma superação. Portanto, temos a convicção plena de que, o verbo desistir, não é um bom companheiro. Os sucessivos pensamentos negativos devem buscar alternativas visando reforçar o todo interno. Atualmente, quando falamos na necessidade imperativa de um aprimoramento profissional, em outras palavras, também estamos buscando antídotos para minimizar o poder do fantasma da demissão. Partimos do princípio de que, caso ocorra, vários outros planos ou saídas já estejam devidamente traçados. Mesmo que não seja um "seguro a bsoluto", o diferencial obtido pode ser interessante. Ademais, nunca podemos esquecer de palavras básicas, tais como, esperança, tenacidade e fé. Em suma, crenças positivas que produzimos, movem montanhas.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.