O Partido dos Trabalhadores finalmente tirou a máscara. Na sua última reunião do Diretório Nacional em Fortaleza/CE, realizada nos dias 1 e 2 de março de 2013, deliberou que a “Democratização da mídia é urgente e inadiável” e que não existem mais motivos para ficar fazendo de conta nesta questão. Paralelamente, a Central Única dos Trabalhadores-CUT, decidiu, coincidentemente, que as comemorações pelo “Dia do Trabalho”, no próximo dia 1º de maio, vai ter como tema central a democratização da mídia.
Na mesma direção, o Governador do RS Tarso Genro, no Fórum da Igualdade, evento paralelo ao Fórum da Liberdade, criticou a ausência de diversidade de opinião no atual sistema midiático brasileiro e o processo de ideologização das notícias. Mais uma vez o Governador Gaúcho usou de estratégia conhecida para tentar vender a ideia de um consenso a respeito da “necessidade de um controle social” sobre os órgãos de comunicação, ensinada por Lênin, quando este sugere “acusar o inimigo de tentar fazer exatamente aquilo que VOCÊ quer fazer”.
Vejam que o retorno a esse tema é mais uma demonstração clara de que o petismo, no poder a 10 anos, tentará, através de segmentos mais sectários e retrógrados, emplacar o sonhado controle da mídia, tão em voga e já em plena atividade nas Republiquetas Bolivarianas da Venezuela, Equador, Nicarágua, Bolívia e Argentina, entre outras.
Além da reação de todos os segmentos democráticos do País, aos quais nos aliamos, nota-se que no âmbito do próprio governo o consenso está cada vez mais longe, tanto que o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, é publicamente acusado de ter pulado o muro. Que ele não mais representaria os interesses do partido e nem da sociedade (?), mas das teles e dos grandes negócios no ministério. Na mesma avaliação, só que de forma dissimulada, em função de controlar a chave do cofre e a caneta das nomeações, a Presidente Dilma, inquieta os petistas com o seu desalinhamento ao projeto.
Como estamos ideologizando a discussão, utilizo como argumento, para embasar o que defendo e acredito o que Karl Marx, ídolo de respeitáveis células petistas, disse sobre o papel do jornalista numa sociedade livre: “A função da imprensa é ser o cão de guarda público, o denunciador incansável dos dirigentes, o olho onipresente, a boca onipresente do espírito do povo que guarda com ciúme a liberdade”. Alguns regimes ou segmentos comunistas reivindicam, indevidamente, o legado do filósofo, economista e revolucionário alemão, que em 1842, aos 24 anos de idade, em artigo publicado no jornal “Rheinische Zeitung” registrou esta pérola: “A imprensa em geral é a consumação da liberdade humana”. Sobre o efeito de pôr a imprensa sob a tutela do Estado, que é o que querem esses ultrapassados “arautos da democracia”, denunciou Marx: “O Governo ouve somente sua própria voz; sabe que ouve somente sua própria voz; entretanto, tenta convencer-se de que ouve a voz do povo”. Precisa dizer mais alguma coisa?
Para concluir o artigo, fico com Emir Sader, sociólogo e cientista político da USP, que diz só existir um tipo de imprensa – a privada! A outra, não é imprensa, é órgão de propaganda de governo. Veja Joseph Goebbels, aquele do nazismo.
Começo esta crônica questionando o próprio título proposto por mim. Poderiam existir as tais mentiras sinceras, considerando-se as grandes contradições entre mentira e sinceridade? Respondo que até por ali, sim.
Não só as mentiras sinceras propostas pelo nosso Poeta Cazuza na sua consagrada “Maior Abandonado”, quando cunhou a expressão, justificando-a para a obtenção de pequenas porções de ilusões. Na vida real também a mentira sempre está próxima de nós.
Começam na nossa infância, quando nossos pais utilizam as “mentiras instrumentais” para retardar o nosso contato com as duras verdades da vida. Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, entre outros, são figuras míticas que nos acompanham por anos. Em pesquisa recente realizada nos EUA e na China, a conclusão foi a de que 84% dos pais americanos e 98% dos chineses mentiam aos seus filhos. Diferenças culturais foram notadas no trabalho: os chineses acham mais favorável mentir com o intuito de parecer mais modesto (um valor no país), enquanto que a maior preocupação dos pais americanos é poupar o sentimento dos filhos.
Essa tal cultura da mentira como recurso para ajustar situações, evitar danos e dores maiores é bastante comum e aceita como justificável em nossa sociedade.
Na política, historicamente a mentira é utilizada nas suas formas mais danosas. Maquiavel, lá pelos idos do século XVI, já pregava no seu “O Príncipe”, que os “fins justificam os meios”, admitindo métodos não convencionais, antiéticos e até violentos para a manutenção do poder. Contemporaneamente, no século XXI, Joseph Goebbels, o Ministro da Propaganda do Nazismo de Adolf Hitler, consagra também a utilização da mentira como instrumento de domínio político, admitindo essa prática ao afirmar: “É claro que a propaganda tem um propósito. Contudo, este deve ser tão inteligente e virtuosamente escondido que aqueles que venham a ser influenciados por tal propósito nem o percebam”. É a consagração da mentira, tão em voga nos nossos dias.
Do nascimento à morte, a mentira esta intrinsecamente ligada a nós. Diante dessa questão inexorável, escolho as mentiras sinceras, algumas até já admitidas pelo Vaticano.
Cada vez mais os partidos políticos estão encontrando dificuldades em completar suas nominatas para os cargos, tanto executivos como legislativos. O que se constata é a repetição de nomes e a identificação destes com corporações e segmentos econômicos.
Muitas vezes injusta e generalizada, essa verdadeira xenofobia com relação a todos que ocupam cargos públicos tem restringido a participação da cidadania, consolidando a expressão pejorativa e odiosa: “mudam as moscas...”.
Sobre esse tema, Martin Luther King, resumiu numa frase o que, infelizmente, ainda vivemos na nossa sociedade: “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.
Na cidade do Rio Grande estamos sob uma nova administração há 90 dias, tempo exíguo para grandes cobranças, não obstante, já começam a surgir descontentamentos e reclamações com relação à descontinuidade do que estava certo, do que, a juízo do contribuinte, sofre desse descompasso. Independente de quem votamos, temos a exata consciência de que urgem medidas em algumas áreas estratégicas como limpeza urbana, trânsito e obras paradas.
Julgo que uma agenda positiva deva ser imediatamente colocada em prática para que a chamada “eleição em segundo turno”, inexistente para nós, não ganhe contornos significativos. Como moro e trabalho no centro da Cidade, acredito que a substituição desses vergonhosos contêineres que, aos pedaços, de há muito perderam a sua finalidade, emporcalhando todas as ruas, registre-se com a participação também de moradores que não sabem viver em sociedade.
Uma blitz na Avenida Dom Pedro II, entrada oficial do único porto marítimo do Estado, é premente, independente de responsabilizações sobre o não andamento das obras ali em curso. Dias atrás recebemos turistas europeus que estavam a bordo de um suntuoso cruzeiro, imagino que impressão levaram da Cidade berço da civilização gaúcha.
Como comunicador, contribuinte e cidadão, tenho a melhor das boas vontades com os novos dirigentes municipais, tanto que tenho perseverado em divulgar as ideias e demandas que diariamente chegam até os veículos onde atuo. Espera-se dos mesmos a grandeza de poder colher opiniões e sugestões com humildade, visto que foram eleitos para fazer o que precisa ser feito, independente de grupos de apoios e ideologias.
O ônus de quem administra o que é público é imensurável, pela cultura, conforme expus acima, e, também, pela incapacidade natural do atendimento de todas as demandas, cabendo-lhes escutar à exaustão todos os segmentos e decidir com razoabilidade, não ficando refém de acertos políticos para o preenchimento de cargos, menos ainda de promessas eleitorais, nem sempre exequíveis, nem sempre prioritárias.
E os bônus? Ah, os bônus são o sentimento do dever cumprido e o reconhecimento popular, este cada vez mais raro.
Sempre atendendo interesses dos grupos políticos dominantes do País temos tido, invariavelmente, a cada dois anos, eleições. Em 2012 elegemos Prefeitos e Vereadores, já em 2014 elegeremos o Presidente, Governadores, Senadores e Deputados Federais e Estaduais.
Em função disso e considerando as peculiaridades partidárias e o regionais advento do instituto da reeleição, previsto para todos os cargos, vivemos na realidade sempre em campanha eleitoral, onde invariavelmente não se faz o que precisa ser feito, tendo em vista que a conquista do voto é o senhor de todas as ações.
Vejam o que ocorre atualmente no Brasil com a precipitação do processo eleitoral, desencadeado sob a inspiração e a égide de Luis Inácio Lula da Silva, que finalmente desencarnou do cargo e, por conseguinte da ficção sempre alardeada de que poderia voltar à Presidência, o assunto que domina a decisões palacianas e os noticiários nacionais são as eleições, que só ocorrerão daqui a dezessete meses.
Registra-se a bem da verdade que Lula só desistiu dessa obsessão após a revelação da “Operação Porto Seguro”, que resultou no “Rosigate”, escândalo que descortinou o tráfico de influência realizado a partir do escritório da Presidência da República em São Paulo, dirigido desde a época de Lula Presidente, por Rosemary Noronha, tida como amante do líder maior petista há décadas.
O presidente nacional do PT, o patético Rui Falcão, nesta semana desconstituindo as prováveis candidaturas alternativas: Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva, apelou aos que ousam se opor a esse projeto político: “Deixem Dilma trabalhar, dialogar com o Congresso e a sociedade”. Está bem, não quer adversários, menos o contraditório.
Ora, vá pentear macacos, Sr. Falcão, você não está em uma dessas republiquetas americanas encantadas pelo canto da sereia desses bolivarianos, pródigos em referendar seus mandatos à base de pesquisas de avaliação de governo e eleições aos borbotões, só na Venezuela Chavista, já foram dezesseis. Mostrando claramente que eleição não é sinônimo de democracia.
Esfarelando, em que pese à baianada de cargos e verbas públicas, a tal base do governo está a cada dia mais refém do PMDB, liderada pelos “hors concours”, Renan Calheiros e Henrique Alves, cada vez mais influentes e encontrando espaço para as suas voracidades por tudo que é publico.
A Presidente deu o toque de como vai ser essa eleição, ao afirmar que “em eleição a gente faz o diabo”. A esperança da cidadania é que esses encontros com o Papa Francisco sirvam para que Dona Dilma se afaste desses pensamentos e, principalmente, dos que a influenciam ou servem de exemplo para essas arrancadas antidemocráticas e prepotentes, características dos regimes discricionários.
De autoria do Terapeuta gaúcho, Antonio Carlos Corrêa Vieira, da PUC/RS, esta oração me foi passada pelo Psicólogo Ricardo Farias Carvalho, colunista do nosso Blog do Alfaro.
Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu, que estou envelhecendo a cada dia.
Sendo assim Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo, em toda e qualquer ocasião.
Livra-me, também, Senhor, deste desejo enorme que tenho de querer pôr ordem à vida dos outros.
Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los, sem jamais me impor sobre eles, mesmo considerando, com modéstia, a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante.
Tu sabes Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos, e que só se preserva os amigos e os filhos... quando não há intromissão na vida deles...
Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá-me asas no assunto para voar diretamente ao ponto que interessa.
Não me permitas falar mal de ninguém.
Ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças.
Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada dia que passa.
Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir demais. Mas ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com alguma paciência.
Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errado em algumas ocasiões.
Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.
Mas, sobretudo, Senhor, nesta prece do envelhecimento, peço: Mantenha-me o mais amável possível.
Livra-me de ser santo.
É difícil conviver com santos!
Mas um velho ou uma velha rabugentos, Senhor, é obra prima do capeta!!!
Me poupe!!!
Amém!
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.