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Diário

Imprensa é uma coisa, propaganda é outra. Só o PT e Trotsky insistem em desconhecer

terça-feira, 09 de Abril de 2013 | 20:32

O Partido dos Trabalhadores finalmente tirou a máscara. Na sua última reunião do Diretório Nacional em Fortaleza/CE, realizada nos dias 1 e 2 de março de 2013, deliberou que a “Democratização da mídia é urgente e inadiável” e que não existem mais motivos para ficar fazendo de conta nesta questão. Paralelamente, a Central Única dos Trabalhadores-CUT, decidiu, coincidentemente, que as comemorações pelo “Dia do Trabalho”, no próximo dia 1º de maio, vai ter como tema central a democratização da mídia.

Na mesma direção, o Governador do RS Tarso Genro, no Fórum da Igualdade, evento paralelo ao Fórum da Liberdade, criticou a ausência de diversidade de opinião no atual sistema midiático brasileiro e o processo de ideologização das notícias. Mais uma vez o Governador Gaúcho usou de estratégia conhecida para tentar vender a ideia de um consenso a respeito da “necessidade de um controle social” sobre os órgãos de comunicação, ensinada por Lênin, quando este sugere “acusar o inimigo de tentar fazer exatamente aquilo que VOCÊ quer fazer”.

Vejam que o retorno a esse tema é mais uma demonstração clara de que o petismo, no poder a 10 anos, tentará, através de segmentos mais sectários e retrógrados, emplacar o sonhado controle da mídia, tão em voga e já em plena atividade nas Republiquetas Bolivarianas da Venezuela, Equador, Nicarágua, Bolívia e Argentina, entre outras.

Além da reação de todos os segmentos democráticos do País, aos quais nos aliamos, nota-se que no âmbito do próprio governo o consenso está cada vez mais longe, tanto que o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, é publicamente acusado de ter pulado o muro. Que ele não mais representaria os interesses do partido e nem da sociedade (?), mas das teles e dos grandes negócios no ministério. Na mesma avaliação, só que de forma dissimulada, em função de controlar a chave do cofre e a caneta das nomeações, a Presidente Dilma, inquieta os petistas com o seu desalinhamento ao projeto.

Como estamos ideologizando a discussão, utilizo como argumento, para embasar o que defendo e acredito o que Karl Marx, ídolo de respeitáveis células petistas, disse sobre o papel do jornalista numa sociedade livre: “A função da imprensa é ser o cão de guarda público, o denunciador incansável dos dirigentes, o olho onipresente, a boca onipresente do espírito do povo que guarda com ciúme a liberdade”. Alguns regimes ou segmentos comunistas reivindicam, indevidamente, o legado do filósofo, economista e revolucionário alemão, que em 1842, aos 24 anos de idade, em artigo publicado no jornal “Rheinische Zeitung” registrou esta pérola: “A imprensa em geral é a consumação da liberdade humana”. Sobre o efeito de pôr a imprensa sob a tutela do Estado, que é o que querem esses ultrapassados “arautos da democracia”, denunciou Marx: “O Governo ouve somente sua própria voz; sabe que ouve somente sua própria voz; entretanto, tenta convencer-se de que ouve a voz do povo”. Precisa dizer mais alguma coisa?

Para concluir o artigo, fico com Emir Sader, sociólogo e cientista político da USP, que diz só existir um tipo de imprensa – a privada! A outra, não é imprensa, é órgão de propaganda de governo. Veja Joseph Goebbels, aquele do nazismo.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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Mentiras Sinceras

quinta-feira, 04 de Abril de 2013 | 15:28

Começo esta crônica questionando o próprio título proposto por mim. Poderiam existir as tais mentiras sinceras, considerando-se as grandes contradições entre mentira e sinceridade? Respondo que até por ali, sim.

Não só as mentiras sinceras propostas pelo nosso Poeta Cazuza na sua consagrada “Maior Abandonado”, quando cunhou a expressão, justificando-a para a obtenção de pequenas porções de ilusões. Na vida real também a mentira sempre está próxima de nós.

Começam na nossa infância, quando nossos pais utilizam as “mentiras instrumentais” para retardar o nosso contato com as duras verdades da vida. Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, entre outros, são figuras míticas que nos acompanham por anos. Em pesquisa recente realizada nos EUA e na China, a conclusão foi a de que 84% dos pais americanos e 98% dos chineses mentiam aos seus filhos. Diferenças culturais foram notadas no trabalho: os chineses acham mais favorável mentir com o intuito de parecer mais modesto (um valor no país), enquanto que a maior preocupação dos pais americanos é poupar o sentimento dos filhos.

Essa tal cultura da mentira como recurso para ajustar situações, evitar danos e dores maiores é bastante comum e aceita como justificável em nossa sociedade.

Na política, historicamente a mentira é utilizada nas suas formas mais danosas. Maquiavel, lá pelos idos do século XVI, já pregava no seu “O Príncipe”, que os “fins justificam os meios”, admitindo métodos não convencionais, antiéticos e até violentos para a manutenção do poder. Contemporaneamente, no século XXI, Joseph Goebbels, o Ministro da Propaganda do Nazismo de Adolf Hitler, consagra também a utilização da mentira como instrumento de domínio político, admitindo essa prática ao afirmar: “É claro que a propaganda tem um propósito. Contudo, este deve ser tão inteligente e virtuosamente escondido que aqueles que venham a ser influenciados por tal propósito nem o percebam”. É a consagração da mentira, tão em voga nos nossos dias.

Do nascimento à morte, a mentira esta intrinsecamente ligada a nós. Diante dessa questão inexorável, escolho as mentiras sinceras, algumas até já admitidas pelo Vaticano.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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Bônus e ônus na administração pública

quarta-feira, 27 de Março de 2013 | 00:31

Cada vez mais os partidos políticos estão encontrando dificuldades em completar suas nominatas para os cargos, tanto executivos como legislativos. O que se constata é a repetição de nomes e a identificação destes com corporações e segmentos econômicos.

Muitas vezes injusta e generalizada, essa verdadeira xenofobia com relação a todos que ocupam cargos públicos tem restringido a participação da cidadania, consolidando a expressão pejorativa e odiosa: “mudam as moscas...”.

Sobre esse tema, Martin Luther King, resumiu numa frase o que, infelizmente, ainda vivemos na nossa sociedade: “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.

Na cidade do Rio Grande estamos sob uma nova administração há 90 dias, tempo exíguo para grandes cobranças, não obstante, já começam a surgir descontentamentos e reclamações com relação à descontinuidade do que estava certo, do que, a juízo do contribuinte, sofre desse descompasso. Independente de quem votamos, temos a exata consciência de que urgem medidas em algumas áreas estratégicas como limpeza urbana, trânsito e obras paradas.

Julgo que uma agenda positiva deva ser imediatamente colocada em prática para que a chamada “eleição em segundo turno”, inexistente para nós, não ganhe contornos significativos. Como moro e trabalho no centro da Cidade, acredito que a substituição desses vergonhosos contêineres que, aos pedaços, de há muito perderam a sua finalidade, emporcalhando todas as ruas, registre-se com a participação também de moradores que não sabem viver em sociedade.

Uma blitz na Avenida Dom Pedro II, entrada oficial do único porto marítimo do Estado, é premente, independente de responsabilizações sobre o não andamento das obras ali em curso. Dias atrás recebemos turistas europeus que estavam a bordo de um suntuoso cruzeiro, imagino que impressão levaram da Cidade berço da civilização gaúcha.

Como comunicador, contribuinte e cidadão, tenho a melhor das boas vontades com os novos dirigentes municipais, tanto que tenho perseverado em divulgar as ideias e demandas que diariamente chegam até os veículos onde atuo. Espera-se dos mesmos a grandeza de poder colher opiniões e sugestões com humildade, visto que foram eleitos para fazer o que precisa ser feito, independente de grupos de apoios e ideologias.

O ônus de quem administra o que é público é imensurável, pela cultura, conforme expus acima, e, também, pela incapacidade natural do atendimento de todas as demandas, cabendo-lhes escutar à exaustão todos os segmentos e decidir com razoabilidade, não ficando refém de acertos políticos para o preenchimento de cargos, menos ainda de promessas eleitorais, nem sempre exequíveis, nem sempre prioritárias.

E os bônus? Ah, os bônus são o sentimento do dever cumprido e o reconhecimento popular, este cada vez mais raro.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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Eleição não é sinônimo de democracia

terça-feira, 19 de Março de 2013 | 17:02

Sempre atendendo interesses dos grupos políticos dominantes do País temos tido, invariavelmente, a cada dois anos, eleições. Em 2012 elegemos Prefeitos e Vereadores, já em 2014 elegeremos o Presidente, Governadores, Senadores e Deputados Federais e Estaduais.

Em função disso e considerando as peculiaridades partidárias e o regionais advento do instituto da reeleição, previsto para todos os cargos, vivemos na realidade sempre em campanha eleitoral, onde invariavelmente não se faz o que precisa ser feito, tendo em vista que a conquista do voto é o senhor de todas as ações.

Vejam o que ocorre atualmente no Brasil com a precipitação do processo eleitoral, desencadeado sob a inspiração e a égide de Luis Inácio Lula da Silva, que finalmente desencarnou do cargo e, por conseguinte da ficção sempre alardeada de que poderia voltar à Presidência, o assunto que domina a decisões palacianas e os noticiários nacionais são as eleições, que só ocorrerão daqui a dezessete meses.

Registra-se a bem da verdade que Lula só desistiu dessa obsessão após a revelação da “Operação Porto Seguro”, que resultou no “Rosigate”, escândalo que descortinou o tráfico de influência realizado a partir do escritório da Presidência da República em São Paulo, dirigido desde a época de Lula Presidente, por Rosemary Noronha, tida como amante do líder maior petista há décadas.

O presidente nacional do PT, o patético Rui Falcão, nesta semana desconstituindo as prováveis candidaturas alternativas: Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva, apelou aos que ousam se opor a esse projeto político: “Deixem Dilma trabalhar, dialogar com o Congresso e a sociedade”. Está bem, não quer adversários, menos o contraditório.

Ora, vá pentear macacos, Sr. Falcão, você não está em uma dessas republiquetas americanas encantadas pelo canto da sereia desses bolivarianos, pródigos em referendar seus mandatos à base de pesquisas de avaliação de governo e eleições aos borbotões, só na Venezuela Chavista, já foram dezesseis. Mostrando claramente que eleição não é sinônimo de democracia.

Esfarelando, em que pese à baianada de cargos e verbas públicas, a tal base do governo está a cada dia mais refém do PMDB, liderada pelos “hors concours”, Renan Calheiros e Henrique Alves, cada vez mais influentes e encontrando espaço para as suas voracidades por tudo que é publico.

A Presidente deu o toque de como vai ser essa eleição, ao afirmar que “em eleição a gente faz o diabo”. A esperança da cidadania é que esses encontros com o Papa Francisco sirvam para que Dona Dilma se afaste desses pensamentos e, principalmente, dos que a influenciam ou servem de exemplo para essas arrancadas antidemocráticas e prepotentes, características dos regimes discricionários.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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Ensaios sobre a Velhice – “Oração do Envelhecimento”.

quinta-feira, 14 de Março de 2013 | 13:59

De autoria do Terapeuta gaúcho, Antonio Carlos Corrêa Vieira, da PUC/RS, esta oração me foi passada pelo Psicólogo Ricardo Farias Carvalho, colunista do nosso Blog do Alfaro.

Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu, que estou envelhecendo a cada dia.

Sendo assim Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo, em toda e qualquer ocasião.

Livra-me, também, Senhor, deste desejo enorme que tenho de querer pôr ordem à vida dos outros.

Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los, sem jamais me impor sobre eles, mesmo considerando, com modéstia, a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante.

Tu sabes Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos, e que só se preserva os amigos e os filhos... quando não há intromissão na vida deles...

Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá-me asas no assunto para voar diretamente ao ponto que interessa.

Não me permitas falar mal de ninguém.

Ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças.

Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada dia que passa.

Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir demais. Mas ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com alguma paciência.

Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errado em algumas ocasiões.

Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.

Mas, sobretudo, Senhor, nesta prece do envelhecimento, peço: Mantenha-me o mais amável possível.

Livra-me de ser santo.

É difícil conviver com santos!

Mas um velho ou uma velha rabugentos, Senhor, é obra prima do capeta!!!

Me poupe!!!

Amém!


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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