Retornei, neste último dia 13 de janeiro de 2013, à bucólica e paradisíaca Praia da Capilha, localizada às margens da Lagoa Mirim, no Distrito do Taim, Município do Rio Grande.
Junto com familiares e amigos, passamos um domingo maravilhoso, desfrutando a segurança do local para a prática de esportes náuticos e confraternização. A surpresa foi o grande número de pessoas que tiveram a mesma iniciativa e para lá se deslocaram, fazendo com que a praia recebesse em torno de duas mil pessoas.
Distante 70 quilômetros do centro de Rio Grande, com dois acessos pela BR 471, que precisam de algum cuidado mais efetivo, a Praia da Capilha já faz por merecer das autoridades municipais e estaduais uma atenção mais abrangente com relação à disponibilização de uma infraestrutura mínima, inclusive, no tocante a instalações sanitárias, entre outras. E placas orientadoras e sinalizadoras com todas as informações atinentes a uma utilização racional e preservadora do meio ambiente
A atração turística do local, da qual origina o nome da localidade, é a Capela de Nossa Senhora da Conceição, que teria sido construída pelos espanhóis no ano de 1785 e reconstruída em 1844. Atualmente em condição precaríssima e fechada, a histórica Capela tem projeto de restauro já feito pela Universidade Federal do Rio Grande, faltando a obtenção dos recursos para a sua recuperação, que anda por volta dos dois milhões de reais, tema para o qual também chamo a atenção neste artigo.
Para se ter uma ideia do esquecimento do local, consta no informativo da Secretaria de Estado do Turismo do Rio Grande do Sul, a seguinte informação: “Toda a beleza da Lagoa Mirim pode ser admirada na Praia da Capilha, no entorno da Estação Ecológica do Taim. Não há infraestrutura de restaurantes e sanitários. Acesso pela BR 471, próximo ao posto da Brigada Militar. No local há uma antiga igreja e uma bucólica praça”. Óbvio que esta informação precisa ser atualizada, em função de iniciativas modestas, proporcionadas por particulares e pela própria administração do local, mas que estão longe das necessidades prementes, considerando, particularmente, tratar-se de área de preservação nacional.
Pretendo, na condição de cidadão aficionado pelo local, onde inclusive acabo de adquirir um terreno, buscar através de campanha comunitária chamar a atenção das autoridades à nossa Praia da Capilha, colaborando para a criação de um grupo de pessoas, moradores e frequentadores, que instrumentalizarão as ações necessárias ao aqui proposto. Os contatos serão mantidos através dos diversos meios de comunicação onde estou inserido, dentre eles o WWW.blogdoalfaro.com.br, o Nativa Debate (Rádio Nativa AM 740) e o Semanário “Folha Gaúcha”.
Militando na política por quase quarenta anos já participei de inúmeras eleições na condição de candidato em eleições majoritárias e proporcionais, experiências que me conferem a condição de afirmar que o considerado “Voto de Opinião” está, infelizmente, com os dias contados.
Liberal convicto, defendo a menor intervenção possível do Estado, atendo-se a conservar os direitos naturais do homem. Só essa posição e a sua externalização limitam em muito as minhas possibilidades de sucesso eleitoral, não obstante, persevero, com a certeza de que esse gigantismo estatal tem servido como base dos desmandos e corrupção irrefreáveis.
As demandas cada vez maiores no atendimento de questões fundamentais como a própria saúde e os demais serviços públicos, transformam os Vereadores em verdadeiros “Despachantes de luxo”, com gabinetes e assessoramentos voltados para a resolução desses problemas, ficando o voto como uma moeda de troca ou de reconhecimento pelo favor prestado.
Fica claro que onde falha o Estado criam-se as condições propicias para a obtenção de votos e a manutenção de feudos eleitorais por tempos indeterminados. Fichas para consultas, medicamentos e autorizações para cirurgias e exames, transformam-se em potentes fatores na definição das representações. Isto sem falar nos cargos, estágios e outras vantagens que transformam a política num balcão de negócios, ficando os que se propõe a legislar e fiscalizar com dificuldades quase que irremovíveis para a obtenção de um mandato.
Fazer o que precisa ser feito e contrariar interesses são atividades quase que em extinção, já que o circulo vicioso do clientelismo não tem ideologia nem bandeira, propaga-se entre os mandatários de plantão.
Concorri nas eleições de 2012 a vereança aqui na minha Cidade do Rio Grande, obtendo 679 votos, alcançado com isso a segunda suplência na coligação que foi formada entre o Partido Democratas, minha agremiação, e o Partido Trabalhista Brasileiro. Cumpri com o meu dever de cidadania, colocando meu nome à disposição.
Ter opinião e defendê-la, com coerência e transparência, também significa, em alguma medida, aceitar a perda de votos. Se um político não aceita perder votos, ou não concebe como parte do jogo democrático a hipótese de perder uma eleição, para preservar a dignidade e a coerência, já esta a meio caminho andado para reinar no campo da indefinição e da demagogia.
A consistência e a coerência da opinião do político serão sempre balizadas pelo seu comportamento. Pela compatibilização da retórica com a prática. Pela capacidade de se posicionar e por vezes contrariar corporativismos e interesses muitas das vezes inconfessáveis. A isso tenho me proposto em todos os espaços midiáticos e de representação onde atuo, com a esperança de errar no presságio que faço no titulo deste artigo, augurando que o voto de opinião sobreviva.
No próximo dia 4 de fevereiro de 2013, estaremos comemorando o nono ano de lançamento deste maravilhoso web site, de uso gratuito, o FACEBOOK, que recentemente registrou a marca maravilhosa de um bilhão de usuários no mundo inteiro.
O uso das redes sociais desde o advento da internet na década de 90 foi crescendo vertiginosamente, sem um regramento, uma regulamentação mais específica. Sixdegress, twiter, Orkut e Linkedin, entre outros, foram sendo criados e aperfeiçoados dentro da velocidade que essas tecnologias vêm impondo.
No Brasil viraram uma febre. O Facebook, por exemplo, já ultrapassou a marca dos 60 milhões de usuários e vem tendo problemas de mau uso já constatados pelo seu criador e dono, Mark Zuckerberg, que chegou a afirmar que nós brasileiros estamos estragando a sua criação. Novato na comunidade e sem ter conhecimento de como a ferramenta e utilizada no primeiro mundo, arrisco a concordar com a manifestação oficial do detentor da marca, embasado só no que vejo e compartilho com os meus oitocentos e poucos amigos de Face.
A propaganda veiculada, sem generalizar, se apresenta muitas vezes invasiva e intrusiva, isto bem a nossa moda brasileira, da consagrada “Lei de Gerson”, aquela da vantagem e da esperteza. Isso sem falar nas mensagens de carinho, correntes, mensagens religiosas, spams, etc., que entopem os espaços e nos forçam a gastar muito mais tempo do que gostaríamos, já que somos obrigados a passar por esse verdadeiro “corredor polonês”.
Mark disse que ainda não aprendemos a usar a internet de forma mais contida, mais inteligente, por isso pretende lançar um manual de comportamento online, onde as pessoas poderão aprender a utilizar a plataforma social para a sua verdadeira função, fazer amigos e se comunicar com as pessoas, e não perpetrar correntes, enviar mensagens indesejadas aos amigos e principalmente não enviar gifs animados e coloridos.
Para auxiliar nesse esforço saneador e de retomada dos objetivos do Facebook no Brasil, julguei oportuno criar uma campanha que divulgarei nos meios de comunicação onde estou inserido, é a minha contribuição.
CAMPANHA: " ABOBRINHAS VALEM OURO - MANTENHA-AS PARA SÍ". Conserve suas “Abobrinhas” consigo, seus amigos agradecerão e o Facebook poderá melhor cumprir com os seus objetivos de promover o encontro entre pessoas, informar e compartilhar de forma ágil e útil. Evite: “Bom dia face”, “Tarde perdida”, “Tô di bodi”, “Tarde perdida”, “Fuíííí”, etc.
No próximo dia 18 de janeiro de 2013, fará onze anos do fatídico jantar no Restaurante Rubaiyat, na Alameda Santos – SP, último local em que foi visto ”vivo” o então Prefeito de Santo André, Celso Daniel, na oportunidade estava acompanhado do empresário Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”.
Cabe um parágrafo para explicar essa ascensão do antigo segurança e motorista do Prefeito Celso Daniel, que foi alcunhado de “sombra” por andar sempre ao lado e pela influência que tinha no homem e na gestão do fulgurante líder petista, tanto que rapidamente foi nomeado Assessor e Secretário Municipal, para logo a seguir virar Empresário influente, com negócios na própria Prefeitura de Santo André e outras pelo Brasil afora, quase sempre geridas pelo PT.
Ah, um personagem também forjado junto a administrações petistas é o Empresário Ronan Maria Pinto, também de Santo André, que prosperou atuando em diversas áreas como transporte coletivo e lixo, posteriormente acabou por comprar o Grupo Jornalístico “Diário do Grande ABC”, com atuação forte em sete importantes cidades paulistas.
Recordo, a bem da verdade, que Celso Daniel era a ocasião a maior e mais influente liderança próxima ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, tanto que era cogitado para ser o Chefe da Casa Civil do futuro governo, carreira que foi interrompida na trágica noite em que foi seqüestrado. Seu corpo apareceu dois dias depois numa estrada de terra em Juquitibá, interior paulista, crivado por oito tiros.
Nesse rumoroso caso resultaram mortos, além do próprio Celso Daniel, mais sete pessoas, começando pelo garçom que o atendeu no Rubaiyat e complementados por testemunhas diversas, numa flagrante queima de arquivos.
Agora de novo, provocada pelo hoje detestável Marcos Valério, o criador, operador e tesoureiro dos Mensalões, tucano e petista, volta à baila o assassinato do Prefeito Celso Daniel, morto, segundo as investigações inconclusas, por tentar sustar a onda de corrupção que se apoderou do seu Governo, inicialmente justificada para viabilizar um projeto político, posteriormente servindo para enricar uma série de personagens conhecidas de todos.
Pois bem, o Promotor Roberto Wider Filho, que abriu a investigação em Santo André, decidiu convidar Marcos Valério para depor na segunda semana de janeiro de 2013, para checar a denúncia feita, segundo a qual Ronan Maria Pinto, chantageou o Presidente Lula, o Ministro Gilberto Carvalho (esse que permanece com a Presidente Dilma) e o então Ministro José Dirceu por supostamente saber as verdadeiras causas que acabaram por resultar na morte de Celso Daniel. O valor apontado por Valério seria de R$ 6 milhões, coincidentemente o valor pago por Ronan em março de 2003, à família Pelosi, então proprietária do Grupo ABC.
Tem razão o Ministro Secretário Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em manifestação feita esta semana em vídeo disponível no site do PT, onde recomenda a companheirada: “Descansem bem. Em 2013 o bicho vai pegar. O ano que vem aí vem brabo, vocês sabem desses ataques sem limites que eles estão fazendo ao nosso querido Presidente”. Realmente, se o mundo não acabar no próximo dia 21 de dezembro, conforme previsto no Calendário Maia, vai “pretear o olho da gateada”, no dizer gauchesco. É só esperar.
Interessante, quanto mais são denunciados crimes praticados por agentes públicos vinculados ao Partido dos Trabalhadores, mais neologismos são criados, espertamente para continuar enganando os incautos brasileiros.
Escândalos novos são revelados aos borbotões causando uma onda de decepção com relação ao futuro da Nação, passando a cidadania o sentimento de que não terão fim, e de que nada conterá essas práticas.
Nesta semana o “Tesoureiro do Mensalão, publicitário mineiro Marcos Valério, volta às manchetes do noticiário nacional com nova enxurrada de denúncias, agora com a intenção de beneficiar-se com a “delação premiada”, tendo em vista já acumular condenações superiores há 40 anos, também objetiva obter garantia de vida.
Observem o nível desses atores, Marcos Valério revela agora ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamotto, atual diretor do Instituto Lula, quando do inicio das revelações sobre o Mensalão. O ex-presidente do SEBRAE, em duas oportunidades o teria alertado: “Tem gente do PT que acha que a gente devia matar você”, completando: “Ou você se comporta ou você morre”. Claro que a morte do Prefeito Celso Daniel, de Santo André – SP, faz parte dessa usual queima de arquivo, quando o esquema corre risco de manutenção.
Nessas novas denúncias, Valério afirma que o PT é quem paga a sua defesa no processo do Mensalão, algo em torno de R$ 4 milhões, sendo esta a única contrapartida pela ajuda que teria prestado ao governo e ao Partido dos Trabalhadores.
Disse ainda que negou-se a arrecadar R$ 6 milhões para cessar chantagem que o Empresário Ronan Maria Pinto, também de Santo André – SP fazia a Lula, Gilberto Carvalho e José Dirceu, envolvendo ainda a motivação da morte do Prefeito Celso Daniel. Nessa ocasião Valério argumentou a Silvio Pereira, mensageiro da missão: “Me inclua fora disso”. Revelou que esse valor seria utilizado pelo empresário para adquirir 50% do jornal Diário do Grande ABC, com circulação diária em sete cidades da rica região paulista. Valério não atuou nesse processo, só sabe-se que o atual proprietário desse Grupo é o tal Ronan.
“A tudo isso a direção petista rotula de: “mal feito”, “erro”, “escorregão”, ‘tropeço” ou “falha”. Observem, de que adianta destinarmos os royalties do pré sal para a educação, se os detentores do poder insistem em dissimular esse elenco de crimes que são praticados pelo Brasil afora, criando expressões que mascaram o que realmente acontece com o intuito de encobrir e beneficiar a continuidade dessas práticas.
Avalio estarmos próximos de uma crise institucional. Por acontecimentos dessa mesma expressão, e por não ter essa “base de sustentação” vigente, obtida graças ao Mensalão, Collor de Mello teve o seu mandato cassado. Cabe a Presidente Dilma Rousseff, ainda prestigiada pela cidadania, livrar-se dessas indesejáveis companhias ou vai-se o boi com corda e tudo.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.