Existe um velho ditado popular que aprendi na infância: “Respeite para ser respeitado”, que esta cada vez mais fora de moda, em desuso, especialmente na política brasileira.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi o primeiro homem na história política nacional a alcançar o mais importante cargo do pais, vindo doa rincões do nordeste, operário, pobre e com baixa escolaridade. Após quatro tentativas ganhou as eleições para a Presidência da República em 2002 com 53 milhões de votos, sendo reeleito em 2006.
Esperava-se do Presidente da República, que ainda conseguiu eleger a sua candidata como a primeira mulher a ocupar a Presidência, comportamento e atitudes compatíveis com o respeito, idolatria e reverência que parcelas consideráveis do povo brasileiro o distinguem. Ledo engano, passado apenas um ano do término do seu mandato, descontando o período em que esteve adoentado seriamente, o Sr. Luiz Inácio, infelizmente tem se comportado de maneira ambígua, obscura e paradoxal.
Inicialmente intervindo de maneira exagerada na gestão do país, desrespeitando a figura da sua indicada Presidente Dilma Rousseff, e agora colocando em cheque as relações institucionais e a independência do poderes, firmada na nossa carta magna.
Vejam que Lula, quando do evento do “Mensalão” , disse que não sabia da sua existência e pediu desculpas a população pelos mal feitos de seus companheiros de partido. Pois bem, muitos deram crédito ao então Presidente, que a época esteve ameaçado de impeachment, tanto que elegeram a sua ungida. Logo após a transmissão do cargo, Lula surpreendeu aos que não lhe conheciam com a afirmação de que a partir da transmissão da faixa, seu compromisso, sua meta, sua obsessão seria liquidar com a farsa do mensalão. Ora, como disse o Jornalista Augusto Nunes, só lhe restou trucidar a verdade.
Com o desafronto dos que se consideram acima do bem e do mal, Lula tão logo melhorou de saúde, ignorando os interesses maiores do país e as dificuldades que a sua sucessora tem enfrentado em função do cenário mundial, entrou em campo. Incentivou uma CPI para acertar contas com seus desafetos, concomitantemente empareda, literalmente, um Ministro do Supremo Tribunal Federal, justamente o foro responsável pelo julgamento do tal mensalão.
Ai estão as versões e contraversões submetidas à apreciação e julgamento da cidadania brasileira, daqueles que insistem em contraditar aqueles que mistificam ídolos, fecham os olhos e são conduzidos como se semoventes fossem. Lula por sua vez diz que precisa tomar cuidado com seus inimigos. Onde estão e quais são esses inimigos? Quais seus interesses?
Ora, o Ex-Presidente da República menospreza a inteligência de todos nós, criando fantasmas para justificar a sua desmedida vaidade. Analistas políticos respeitáveis acreditam que Lula tem preocupação de como será tratado pela história, além da sua preocupação com as eleições municipais de outubro de 2012, onde os petistas pretendem eleger mais de mil prefeitos.
Pena que Lula não siga o exemplo dos presidentes norte americanos, que se ocupam de fundações e palestras ao invés de querer manter-se sempre em evidência, a qualquer custo a qualquer preço.
Um dos meus queridos filhos e sua namorada resolveram casar, demonstrando que a instituição do casamento, independente de ser formal ou informal, ainda é um acontecimento muito importante na vida de todos nós.
Tenho com relação aos meus filhos preocupações referentes aos seus futuros, projetos, saúde e, principalmente, tentar ajudá-los a montar e ter cenários de vida que independam da minha existência. Todos com quem mantenho amizade e dialogo, de uma maneira ou de outra, expressam essas angústias, especialmente quando seus filhos não mostram ambição.
Pois bem, por mais paradoxal que possa, a ambição tem se tornado um termo pejorativo, talvez por se apresentar em muitos casos de forma exagerada, desmedida. Pessoalmente entendo que as virtudes e os defeitos de uma pessoa, em muitos casos se definem pela dose com que se mostram, tal qual o remédio e o veneno. O sucesso a qualquer preço, a ganância e o afrouxamento dos princípios éticos, deturpam um conceito que é virtuoso.
Voltando a preocupação paternal, entendo que a nossa principal missão e apontar aos nossos filhos os caminhos da cidadania e da família, que sejam éticos, politizados, e protagonistas. Que tenham sonhos, projetos e metas que criem o seu próprio destino de vida e tentem chegar lá. Que tenham ambição na medida certa, que corram e assumam riscos, que valorizem as amizades e a palavra dada.
Vejam isto não é uma carta testamento, muito pelo contrário, estou na plenitude física e intelectual, cheio de planos e projetos como se Matusalém fosse, este que segundo a Bíblia teria vivido 969 anos. É que com o simbolismo do casamento, parece que perdemos nosso filho para o mundo. Que absurdo, não obstante, é esse o sentimento motivador deste artigo. Mas a realidade é que a partir deste novo compromisso, ele como todos os nossos filhos têm a oportunidade do recomeço.
Se fosse só pela perspectiva do recomeço o casamento já se justificaria, pois efetivamente alcança a todos que nele buscam assumir suas novas vidas ao invés de terceirizá-la, que é o que a maior parte das pessoas faz. Considerando que erramos muito e que também não são nada fáceis mudanças de rotas e comportamentais, a nova contratação tem o sentido de uma repactuação, de uma renovação.
Sobre o tema recomeçar o grande Médium Chico Xavier, imortalizou que: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”. Creio estar dado o recado, agora é partir para a prática. Boa sorte, que sejam felizes.
Vivemos cada dia com mais intensidade no Brasil um embate muito perigoso, onde os protagonistas na sua expressiva maioria têm negócios pouco republicanos, deploráveis. Num emaranhado de difícil entendimento e de solução quase impossível, existem redes de interesses econômicos que se digladiam através dos poderes da República e dos grandes contratos públicos e privados.
São escândalos de toda a sorte, dos quais me interesso pessoalmente pelos que envolvam malversação dos recursos públicos, particularmente pelos danos que os mesmos causam as populações carentes. Todos os estudos e dados referentes à corrupção apontam que a sua existência de forma endêmica impossibilita os governos de proverem as necessidades e serviços básicos, e que os recursos consumidos por essas práticas seriam suficientes para custear o sistema de saúde e educação do País, incluindo verbas capazes de terminar com a fome.
Tantos descalabros, são escândalos dentro de escândalos, quando achamos que as coisas vão se encaminhar para uma redução dessas anomalias surgem novos fatos, novos personagens, cada vez mais audaciosos e menos inescrupulosos. A vergonha e a ética, obrigações da cidadania, passaram a ser artigos de luxo e raros nessa parafernália de crimes e impunidades.
Tenho na imprensa, reconhecendo as suas imperfeições e dificuldades, um dos pilares para a alteração desse triste status, levantando e denunciando todos esses descaminhos e malfeitos. Pois bem, a imprensa tem feito o seu papel, enfrentando uma campanha de desmoralização jamais vista na história contemporânea do País. Fruto desse trabalho, em apenas oito meses nada menos do que seis Ministros de Estado foram demitidos pela Presidente da República. Algum reparo nas demissões efetivadas?...
Entre outros, a Revista Veja tem sido atacada de forma inescrupulosa por grupos políticos, empresariais e jornalistas auto intitulados progressistas. No momento, em pleno andamento da CPI que investiga relações e crimes do contraventor Carlinhos Cachoeira, novamente esses atores entram em cena tentando direcionar as investigações para a Revista da Editora Abril. Foram gravadas pela Policia Federal 250.959 ligações, sendo 16.000 consideradas importantes, destas 3.753 envolvem políticos e redundaram num relatório de 300 páginas sobre os famosos “encontros fortuitos”, onde 81 autoridades são mencionadas. Nesse contexto todo, que é a ponta do iceberg, focar na Veja é no mínimo ininteligível.
Na realidade, sempre considerando a temporaneidade dos fatos e do presente artigo, de fato um dos Editores da Revista Veja o Jornalista Policarpo Junior, responsável por um corolário de denúncias, aparece em conversas com Carlinhos Cachoeira, este auto declarado fornecedor de várias noticias veiculadas pelo profissional. Óbvio que ambos sabiam que tanto o fornecimento das noticias por parte de um criminoso como o recebimento das mesmas por parte de um Jornalista, não são socialmente corretas. Mas todos os que não têm interesses ideológicos na análise do caso reconhecem que ter um corrupto como informante não corrompe. O Professor Laurindo Leal Filho, da consagrada USP, avalia que o controle da publicação não pode ser da fonte: - “O Jornalista pode e deve falar com qualquer tipo de fonte, desde que tenha o controle sobre a publicação e a matéria que ele está fazendo”. É o meu entendimento.
Surgido de uma dissidência do PDS que se opunha a candidatura de Paulo Maluf a Presidência do País, o Partido da Frente Liberal – PFL foi fundado em 1985 com o objetivo de formar junto com o PMDB a “Aliança Democrática”, que acabou elegendo, de forma indireta, Tancredo Neves e José Sarney, respectivamente, Presidente e Vice-Presidente da República.
Em 28 de março de 2007, por aclamação de seus dirigentes nacionais, o PFL tornou-se Democratas, seccionando uma história de duas décadas.
Como Liberal convicto, faço parte de toda essa trajetória como protagonista desde a fundação do Partido aqui em Rio Grande, oportunidade que juntos com mais de mil riograndinos, os então Vereadores Alberto Amaral Alfaro e Edison Figueiredo, criaram a primeira bancada e a primeira comissão executiva municipal, no País. Nos anos seguintes, Helvio Kunert, Surama Santos e Celso Krause, representaram os liberais no legislativo.
Nosso objetivo hoje é retomar esse espaço do Liberalismo Social na política de Rio Grande.
Infelizmente, ainda não somos alcançados pelo instituto do segundo turno, só previsto para cidades com mais de 200.000 eleitores, é com essa perspectiva que deveremos decidir o nosso futuro nos próximos dias, entre uma candidatura própria ou uma coligação programática.
Caso decida-se por uma coligação dentro do campo ideológico possível, nossa contra partida resume-se num documento que está sendo ultimado com a participação de todos os segmentos do Democratas local, onde estarão explicitados os pontos referentes ao “Choque de Gestão, que entendemos necessário, contemplando também uma série de ações e medidas que precisam ser tomadas visando à intervenção efetiva do Executivo em situações que vem saturando e desesperançando a cidadania.
São tópicos de responsabilidade objetiva e subjetiva da administração pública que precisam ser enfrentados com mais energia, aos quais singelamente definimos como a obrigação de “Fazer o que deve ser feito”, contrariando interesses, inclusive.
Os caminhos mais fáceis dentro de um cenário de desgaste cada vez maior da classe política seriam a descomprometida omissão ou a facilidade da critica, percebo que não serão estes os destinos do nosso representativo e plural grupo político.
É latente que em virtude da encruzilhada apresentada, considerando a tradição de engajamento efetivo e posicionamento transparente, os Democratas riograndinos deverão alocar suas propostas e idéias em um dos projetos políticos apresentados, buscando no dialogo a consecução desses objetivos. Nos próximos dias estaremos colocando nossos soldados das boas causas nas ruas, pois participar é intransferível.
A Cidade do Rio Grande é o berço da civilização gaúcha, fundada que foi em 19 de fevereiro de 1737, pelo Brigadeiro José da Silva Paes, empresta o nome ao Estado, Rio Grande do Sul.
Pelotas, distante 56 km de Rio Grande, foi fundada 75 anos depois, pelo cearense José Pinto Martins, que instalou a primeira charqueada na região em 7 de abril de 1812, ao lado do Arroio Pelotas.
Pois bem, os tempos passaram e aí estão as duas respeitáveis senhoras cumprindo suas vocações, considerando suas localizações geográficas e potencialidades, e vivenciando no momento um excepcional desenvolvimento, particularmente, em função da implantação do Pólo Naval.
Historicamente, por motivações mais do que justificáveis e culturais à época, foi-se criando uma rivalidade entre as duas cidades que foi arrefecendo com o passar dos anos, nem no futebol, paixão nacional, se repete aquela atávica e até motivadora competição.
Riograndinos eram chamados, pejorativamente, de “papareias” pelos pelotenses, e estes denominados de “sebeiros”, pelos primeiros. As justificativas para os apelidos eram a existência de muito vento e areia, que persistem em Rio Grande, já os habitantes de Pelotas eram ridicularizados por uma atividade laboral existente desde as charqueadas, que era exercida por escravos pelos idos do século XIX.
Pelotas polarizou os interesses econômicos, sociais e culturais de uma dezena de municípios, firmando-se então na área de serviços. Rio Grande, além de ser o único porto marítimo do Estado, concentrou uma diversificada indústria, característica até hoje majoritária.
Pois bem, recentemente um Vereador de Pelotas levantou o tema da “rivalidade história” propondo que o fim desta beligerância devesse passar por uma Geminação, entre as duas cidades, proposta pelos legislativos e materializada, posteriormente, pelos executivos.
A intenção, embora simbólica, teve efeito contrário despertando manifestações públicas que reabrem antigas querelas, como visto na coluna Galho de Urtiga, edição de 24/04/2012, do Jornalista riograndino Pedro Arthur Valério.
Não existe nada de novo nesses processos de geminação entre cidades, particularmente na Europa, onde se constatam as diversificações entre parceiros, inclusive pelos continentes, potencializando-se atividades de desenvolvimento e de cooperação intermunicipal, dentro do espírito das convenções internacionais, como as existentes entre Pelotas com Aveiro e Rio Grande com Águeda, ambas, cidades portuguesas. A respeito, pouco proveito tiveram os geminados, demonstrando que intenção é muito pouco para esse tipo de integração.
Pessoalmente sou defensor ardoroso dessa integração, tendo base comercial das minhas atividades também em Pelotas, materializando esse compromisso. Entendo que as tratativas entre todos os agentes econômicos, políticos e sociais, já em curso, tem nos proporcionado parcerias significativas e resultados maravilhosos. Time que esta ganhando não se mexe, portanto, prossigamos com essa exitosa “união estável”, nada de papel, nada de oficialismo.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.