No último domingo o programa Fantástico da Rede Globo apresentou uma entrevista feita pela repórter Patricia Poeta com a Presidente Dilma Rousseff, onde, em dois momentos, foi mostrada aos brasileiros a rotina de vida e trabalho, nos palácios da Alvorada e Planalto.
Muitas leituras foram feitas com relação à referida entrevista, pessoalmente, entendo que a Presidente mais uma vez, como já havia sido demonstrado quando da campanha presidencial, evidenciou dificuldades em concluir raciocínios, dizer de forma clara e peremptória a que veio e quais são os seus projetos e compromissos.
Pareceu-me uma funcionária pública de carreira que alcançou o posto mais alto da administração pública e vai levando a gestão sem maiores emoções, despreocupada com o que teria a fazer e sem entusiasmo pelo que tem feito, uma gestão burocrática e fria.
Diferente daquela Dilma vendida por Lula como a Gerentona do Governo ou a “Mãe do PAC”, a Presidente mostra-se sem aquele gosto pelo desafio que lhe foi colocado, parece que esta cumprindo um estágio intermediário entre um Presidente que tudo fez, e o seu retorno, daqui a quatro anos, por um simples cumprimento da legislação eleitoral.
Manteve sua reconhecida intolerância ao ser perguntada sobre a política do toma-lá-dá-cá, interpelando a repórter com a réplica: “Você me dá um exemplo do dá-cá que eu te explico o toma-lá”. Perplexa, a repórter emudeceu, aí a Presidente, com ar de generosidade, amenizou: “Tô brincando contigo”.
Considerei um abuso de autoridade, um despropósito, ainda mais que é público e notória essa pratica nos governos brasileiros, ficaria mais bonito e do tamanho do cargo que ela ocupa dizer que é uma anomalia criada pelo sistema político vigente, que em função da governabilidade era obrigada a montar um governo de coalizão.
Minimizou a saída de quatro ministros em oito meses de governo, alguns com suspeitas de irregularidades, dizendo os mesmos ainda não foram julgados, portanto não podem ser condenados, perdendo a oportunidade de se comprometer definitivamente com a moralidade e o combate à corrupção.
Com relação à falta de recursos para a saúde, manifestou-se contrária a reedição da CPMF, mas mais uma vez não apontou o que pretende, menos o que fará, dizendo: “Acho que a CPMF foi um engodo, nesse sentido de usar o dinheiro da saúde não para a saúde”, para quem já está no governo há vários anos é muito pouco, pior, nada.
Óbvio que poderia fazer outras leituras, mas ainda estou naquele estágio de dar um tempo a nossa Presidente para que ela efetivamente dê ao Governo a sua cara, o seu jeito, aquele que nos foi vendido no período eleitoral, mas confesso que já estou perdendo a esperança.
No dia dez de setembro de 2001, pontualmente às 18h subimos as escadas da sede da Rádio Nativa AM 740, em Rio Grande, para apresentar pela primeira vez um novo programa, o Nativa Debate, fruto de uma idéia fomentada por mim, Valdomiro Rocha Lima e Delamar Correa Mirapalheta.
Já no dia seguinte, 11 de setembro, fomos surpreendidos pelo ataque terrorista as torres do Wall Trade Center, em Nova York, que vitimou em torno de tres mil pessoas e marcaram indelevelmente as relações entre os povos, conseqüências que até hoje são sentidas.
Esta tem sido a nossa rotina nos últimos dez anos de apresentações ininterruptas, que considerando tratar-se de um programa diário, representam mais de tres mil horas, haja assunto e Debatedores.
Na condição de Produtor e Apresentador, criamos e mantemos com o espaço e a proposta um amor paternal, incondicional, que tem nos proporcionado um crescimento e aprendizagem, permanentes, sem mudar um milímetro as bases do projeto inicial: coragem, independência e pluralidade.
Centenas de pessoas debateram conosco todos os temas possíveis e imagináveis, pois para nós nunca existiram assuntos proibidos, nem interesses defendidos que não fossem os que dizem respeito aos destinatários do nosso trabalho, a Cidadania.
Nosso objetivo sempre foi o de motivar os ouvintes da Zona Sul do Estado Gaúcho, abrangência da potência da Emissora, a uma reflexão maior sobre os nossos papéis nesse complexo sistema social em que estamos inseridos, onde os direitos devem ser buscados permanentemente, sem olvidarmos das nossas obrigações.
O slogan adotado e mantido desde o início: “Fazendo Cidadania com Informação”, não transformou nossos Debatedores em atores apolíticos ou isentos, muito pelo contrário, todos e todas que tem nos ajudado nessa cruzada mantém as suas ideologias e posicionamentos, participam dos debates por inteiros, sem maquiagens ou disfarces, talvez seja esta característica outra explicação da nossa perenidade “no ar”.
Essa autenticidade preservada ao longo do tempo garante à nossa Equipe de Debatedores uma química gostosa onde preservamos a irreverência e a alegria, sem perder o respeito pelos assuntos, os ouvintes e entre nós mesmos.
Não vou nominar todos esses impagáveis cidadãos e cidadãs, que com suas inteligências e opiniões nos ajudaram a chegar até aqui, pelo risco de esquecer alguém, homenageio-os todos na figura da nossa última contratação, Renato Espíndola de Albuquerque, que tem se comprometido pessoalmente com a manutenção do espaço e dividido conosco a coordenação do mesmo.
Agradecemos também a confiança da Direção da Radio Nativa e do seu valoroso quadro de colaboradores, que sempre nos deram suporte técnico e afetivo; aos nossos apoiadores comerciais que nos garantiram a independência, o que nos fez chegar até aqui, como entramos, compromissados somente com a Democracia e a Liberdade de Expressão, matérias primas indispensáveis ao nosso mister.
Temos a consciência do dever cumprido e a vontade inquebrantável de continuar, pois o reconhecimento que temos recebido dos nossos milhares de Ouvintes e Amigos, espalhados por todos os cantos desta Região, nos apontam que este desejo é compartilhado por eles, destinatários exclusivos do nosso trabalho.
Vamos em frente, nossa recompensa, nossa paga é esse carinho desmedido que tantos e tantas ouvintes e colaboradores nos distinguem, e que é renovado, diariamente, através de todos os meios de comunicação disponíveis, quando recebemos informações, notícias, reivindicações, queixas e elogios, ingredientes que nos energizam positivamente, independente das vicissitudes do cotidiano, das nossas vidas.
Enquanto houver o que falar e o que debater nós estaremos “no ar”, por vocês, e, obviamente, por nós, já que amamos o que fazemos. FELIZ ANIVERSÁRIO, NATIVA DEBATE.
Pelo País afora se discute qual seria o número ideal de vereadores para cada Câmara Municipal, e esse debate espertamente tem-se cingido numa premissa que não se sustenta, a qual tento dar outra interpretação, afirmando que o aumento do número de representantes nos parlamentos municipais pode efetivar-se sem aumento nas despesas.
A possibilidade que levanto e proponho serve para qualquer município, desde que a edilidade reinante decida sinceramente e com espírito público.
Primeiro destaco que o teto percentual admitido para a manutenção do legislativo é de 6% do orçamento municipal, nada obrigando que o valor gasto ande sempre próximo desse patamar, como é o caso aqui da Cidade de Rio Grande, onde para uma representação de 13 Vereadores são consumidos, em média, 5,3% do referido orçamento.
No Brasil, infelizmente, os maus exemplos e práticas são os que mais se disseminam, e o mais gritante e repugnante é o caso do Senado da República, onde para 81 Senadores, foi se criando ao longo do tempo uma estrutura de assessoramento que chega, hoje, ao quadro atual de quase 10.000 servidores. Um monstro, onde o fisiologismo amassa a representação popular numa proporção de 120 assessores para cada Senador.
Este Colunista foi Vereador, com mandato de 1983 a 1988, e a Câmara de Vereadores de Rio Grande à época era composta de 21 Vereadores, distribuídos em quatro bancadas, cada uma com somente um assessor, posteriormente, foram criados 21 cargos que proporcionaram um assessor para cada parlamentar.
Alguns, mais sonhadores e idealistas, defendem a Democracia Direta, onde todos participariam diretamente das decisões que lhe dizem respeito. Isso, é óbvio, é impraticável, mas aumentar essa representação para um Vereador para cada 10.000 habitantes me parece extremamente razoável.
Registro que o modelo vigente criou uma casta de “profissionais da política”, uma reserva de mercado, que têm deixado fora do cenário político municipal partidos importantes como o Democratas, PP, PV, PSol, entre outros.
Enquanto os nossos Congressistas e o próprio Governo Federal não de dispõe a fazer a tão necessária Reforma Política, defendo a retomada duma representação mais plural e abrangente, com o compromisso de que se reduza o corpo e privilegie-se a cabeça, provando que é factível aumentar o número de Vereadores dos atuais 13 para 21, sem acréscimo de despesas, é só vontade política e gestão.
Dias atrás fui convidado pelo Professor Luiz Arthur Correa Dornelles a visitar a Escola de Ensino Fundamental e Médio Mario Quintana, localizada na Rua Bruno Chaves, 300 – Bairro Tres Vendas, em Pelotas.
Projeto sonhado, idealizado e construído pelo Grande Educador gaúcho Professor Especialista Carlos dos Santos Valério, riograndino, radicado em Pelotas há décadas.
Colega e amigo desde a juventude, Valério foi meu companheiro no Esporte Clube São Paulo e na Associação Atlética Presidiários, onde tivemos sucesso nos campos de futebol e quadras de futsal do Sul do Estado.
Um dos precursores dos Cursinhos Preparatórios para o Vestibular, Valério sempre demonstrou, além de uma metodologia inovadora e revolucionária no ensino da Biologia, uma capacidade para trabalhar em grupo, criar e desenvolver projetos educacionais.
Aí está essa bela estrutura contemplando tudo o que de mais moderno temos em educação no Brasil, com ênfase na formação do cidadão, sem perder o foco no preparo de futuros profissionais para todas as áreas do conhecimento.
Respeito ao meio ambiente, complexos esportivos, laboratórios de ponta, cantinas e bibliotecas, entre outros, fazem parte dessa complexa estrutura de apoio, adaptada para a clientela que vai dos dois anos de idade, com o ingresso no “Quintana Baby”, até a conclusão do Ensino Médio, atendendo mais de mil jovens da Região.
Pode parecer um paradoxo homenagear o grande Poeta Mario Quintana, o “Poeta das coisas simples”, dando-lhe a honraria de se eternizar como nome de uma Escola Modelo, particular, ledo engano, Valério é assim, simples, afetivo, carinhoso e modesto, tal qual Quintana.
Agradeço a receptividade de toda a Equipe Mário Quintana, desde as cozinheiras que preparam delicias que tive o prazer de degustar, aos seguranças, que executam um sistema perfeito de cuidado com tudo e todos, particularmente, às crianças e adolescentes.
Desejo ao Professor Valério muita saúde e disposição para que esse projeto exitoso possa ser levado ao outras Cidades, torcendo que comece pela nossa Rio Grande, onde já estamos trabalhando para buscar as condições necessárias para a concretização de mais um sonho desse querido Amigo.
Na foto: Prof. Dornelles, Prof. Valério e Alfaro
O Deputado Federal Onyx Lorenzoni, Presidente do Diretório Estadual do Democratas, esteve na Cidade do Rio Grande-RS, na última sexta-feira, 19 de agosto, oportunidade em que esteve reunido com lideranças locais.
O objetivo do Líder Democrata foi relatar suas últimas ações na Câmara Federal e mobilizar a cidadania gaúcha para a “Campanha da Moralidade”, ao exemplo do que aconteceu há 50 anos quando do Movimento pela Legalidade.
Já integrados na Cruzada, estamos conclamando nossos leitores, independente de coloração partidária, a acessar o wwwcpidacorrupcao.blogspot.com e assinar o abaixo assinado, pressionando todos os Deputados Federais e Senadores, do Congresso Nacional, a subscrever o requerimento para a criação da CPMI da Corrupção.
Vamos lá! Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. ABAIXO A CORRUPÇÃO!
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.