Com a palestra “Código de Ética Médica”, o Presidente do Conselho Regional de Medicina – CREMERS, Dr. Fernando Weber de Matos, encerrou a XIX Semana Acadêmica de Medicina, da Universidade Federal do Rio Grande-FURG.
Dentre os objetivos do evento além dos aspectos técnicos e científicos, uma ênfase na formação de profissionais com visão ampla dos problemas que nos cercam e com compromisso social, ético e moral.
O novo Código de Ética Médica, publicado no D.O.U. em 24 de setembro de 2009, fixa normas rígidas e punições severas aos infratores, pontos que foram ressaltados e discutidos pelo Presidente do CREMERS com acadêmicos do Curso de Medicina e médicos que atuam na Região Sul do Estado.
Durante a sua estada em Rio Grande o Dr. Fernando Weber de Matos participou do nosso Programa “Nativa Debate”, onde por uma hora foram tratados assuntos de interesse da categoria e dos usuários de serviços médicos.
Na foto acima, o Blogueiro, o Presidente do CREMERS Dr. Fernando Weber de Matos e o Dr. Fabio Lopes, Secretário da Delegacia Regional do CREMERS.
Tenho um respeito muito grande pelo trabalho desenvolvido pelos psicólogos, psiquiatras e demais profissionais da área.
Me incluo entre os que acreditam que a maioria das doenças tem fundo psicossomático, ou seja, elas deflagram algo a respeito de nós mesmos e de nossas vidas.
Diante dessa percepção tenho procurado ajudar os que me cercam e buscado auxilio quando enfraquecido, necessitado. Afinal, como diz o ditado popular: “De médico e louco todo mundo tem um pouco”.
Pois bem, quando festejamos os 17.000 acessos apresento aos nossos amigos do Blog do Alfaro mais um Colunista trata-se do Psicólogo, especialista em psicologia clinica e psicoterapia para adolescentes e adultos, Dr. Ricardo Farias Carvalho.
Vai escrever sobre vida, reações, emoções e sentimentos.
Será, não tenho dúvidas, um espaço de extrema valia para todos nós, local onde nos saciaremos com artigos e experiências para melhor desempenho nessa árdua, difícil, porém única experiência que é a vida.
A vida, assim como tem os seus aspectos que envolvem felicidade, possui facetas sombrias e tristes. As sequelas, a dor, o trauma de pessoas que perderam familiares em acidentes de trânsito são indescritíveis.
Lembro de um acidente que me sensibilizou bastante. Um pai, que trabalhava em turnos, programou uma viagem com seu casal de filhos. Não tendo dormido o suficiente na noite anterior, mesmo assim, pela manhã, começou o percurso. Era um dia chuvoso e escuro. Em certo trecho da estrada adormeceu no volante, caiu num barranco e foi de encontro a uma pedra. Os três sofreram ferimentos graves, sendo que o filho foi o mais atingido. Conseguindo uma carona, rumaram para o hospital. O garoto chegou sem vida. A filha sobreviveu após várias intervenções cirúrgicas. Durante o tratamento, ficava horrorizado ao ver as cicatrizes generalizadas pelo corpo da garotinha, quando ela fazia questão de mostrá-las. Ao mesmo tempo, sabia que profundas eram as psíquicas. Os sentimentos de culpa desse pai e da irmã por terem sobrevivido era algo chocante. O pai, nas noites de céu limpo, conversava com uma estrela que, segundo ele, era o filho transformado. Embora eu falasse, ouvisse, apoiasse, rechaçava as minhas colocações, dizendo que eu não traria o filho de volta.
A cada encontro com jovens ansiosos por uma habilitação procuro, com todas as forças, fazer que pensem na enorme responsabilidade que possuirão ao dirigir. Tento descondicionar o pensamento leigo de que os acidentes são frutos do acaso, das coincidências infelizes. Muito pelo contrário! Temos a convicção de que esses são determinados ou que existem causas desencadeadoras. Uma delas é que pessoas envolvidas estão tensas, ou seja, algum problema significativo está ocorrendo nas suas vidas. Um segundo e polêmico ponto, levantado por psicólogos na Argentina, é que há uma comunicação inconsciente entre os motoristas envolvidos em acidentes, como se houvesse cargas negativas se atraindo. Essa comunicação inconsciente é um resquício da maneira com que o ser humano se comunicava no início da evolução da espécie. Para entendermos melhor, podemos pensar no tipo de comunicação positiva que uma mãe desenvolve com o bebê de poucos dias “adivinhando” o que ele quer. Ademais, a alta velocidade reflete uma necessidade de poder ou status, tão comum no processo adolescente. Outra explicação é o desejo inconsciente, desconhecido de suicídio, aparecendo de forma disfarçada. Devemos pensar também no estresse de todos nós gerando comportamentos agressivos, transgressões e a sua influência determinante nos acidentes. A média, em condições normais, para que ocorram é de um a cada dez anos.
Não sabemos com certeza se quem morre “fica melhor”. São inúmeras as religiões ou credos que tentam dar explicações e propiciar conforto. A única constatação é que as pessoas que sobrevivem aos acidentes, os familiares envolvidos, inevitavelmente, sofrem muito. Na verdade, o coração destroçado, não é somente de quem parte...
PSICÓLOGO/ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA CLÍNICA/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br
Dr. Ricardo Carvalho
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.