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“GARANTA SEU EMPREGO, QUE EU GARANTO A MINHA DIGNIDADE.” (Jornalista Paulo Beringhs)

sexta-feira, 22 de Outubro de 2010 | 16:37

A frase do Jornalista Paulo Beringhs, ao demitir-se “ao vivo” durante programa da TV Brasil Central, de Goiânia/Goiás, é emblemática e torna claro a todos como andam os movimentos que desejam o controle e censura à imprensa pelo país afora.

É um toque aqui do Franklin Martins, uma tentativa ali da Assembléia de Alagoas, e vamos nós acompanhando incrédulos e estupefatos o retrocesso que segmentos do Partido dos Trabalhadores vão engendrando.

Vou tentar ouvir o Jornalista Paulo Beringhs no nosso “Nativa Debate”, link aqui no Blog, diariamente das 18 às 19 horas, não obstante, já contatei com o seu site hipotecando-lhe a minha solidariedade e desagravando-o de tamanha barbárie que lhe obriga a abrir mão do seu direito inalienável (???) ao trabalho. Também o incentivei a perseverar nessa linha digna e ética, que na certa servirá de exemplo a nossa juventude.

Registro que durante esse desabafo/denúncia, estava no programa, como entrevistado, o brilhante Senador Demóstenes Torres (Dem-Go).


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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EXEMPLO DE ESTADISTA

quinta-feira, 21 de Outubro de 2010 | 11:24

Estamos a dez dias do segundo turno das eleições, no próximo dia 31 de outubro estaremos elegendo o futuro Presidente da República.

Os ânimos estão acirrados, são ataques de todos os lados, muitos assuntos importantes para a cidadania estão sendo desconsiderados pelos candidatos.

Por todos os motivos possíveis mantenho o meu voto de sempre, em José Serra, e prego ainda uma reflexão dos que tiveram outra opção no primeiro turno.

Além de considerá-lo o mais preparado para a função, um novo ingrediente posto nesta disputa, me motivou a um protagonismo mais enérgico, mais cidadão, trata-se do comportamento eleitoral do Presidente Lula.

Nunca antes na história deste país um Presidente da República, num comportamento triste e desprezível, rasgou e enxovalhou toda a legislação e princípios que disciplinavam a matéria (disciplinavam, pois ele teve outro entendimento e comportamento) com tanta desfaçatez.

Caberia ao Presidente “Cabo Eleitoral” dar uma olhada na compostura do seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, este sim com lugar garantido no panteão dos grandes Estadistas Brasileiros, não só na eleição em que Lula foi eleito, bem como na educação e respeito que dedicou desde então à instituição Presidência da República.

Para confirmação do que afirmo publico a Carta Aberta que Fernando Henrique Cardoso enviou a Luiz Inácio Lula da Silva, intitulada: “Sem medo do passado”, até a presente data, sem resposta.

 

Carta aberta para Luiz Inácio Lula da Silva

SEM MEDO DO PASSADO

Fernando Henrique Cardoso

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?

A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo?

Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal.

Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.

Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010.

“Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”. (José Eduardo Dutra)

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.

Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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