A Confederação Brasileira de Futebol – CBF é a entidade que comanda a maior paixão do povo brasileiro.
É um feudo, a mais de meio século, da família Havelange, seu atual presidente Ricardo Teixeira foi genro do ex-presidente João Havelange, fato que o credenciou para o posto, no qual se mantêm a mais de vinte anos.
Denúncias de corrupção são uma constante nas gestões desse grupo, onde contratos milionários são firmados, inclusive com setores públicos, sem qualquer transparência. A esse respeito são recorrentes no Congresso e na mídia denúncias muito sérias, inclusive, o Presidente Lula recentemente, pós fracasso na Copa da África, questionou a perenidade do Grupo no mando do nosso futebol e também manifestou discordância sobre vários aspectos relacionados com o projeto para a Copa no Brasil em 2014.
Voltando a CBF, seu presidente Ricardo Teixeira tão logo o Brasil foi desclassificado, fez severas críticas ao comando do técnico Dunga, afirmando que não houve renovação nas convocações e que o descontrole emocional do treinador na beira do gramado afetou os jogadores e conseqüentemente o resultado na competição.
Algo de novo? Nada, tudo isso os milhões de “treinadores” pelo país afora foram unânimes em reclamar. Agora, partindo do todo poderoso Presidente da CBF, responsável pelo futebol no Brasil, não passa de um oportunismo, de uma trairagem, traição no jargão esportivo, culpar o seu preposto pelo fracasso da empreitada.
Caberia, isto sim, se tivesse vergonha o Presidente Teixeira, pedir demissão com toda a sua equipe e convocar eleições na Entidade. Mas não, é um negócio fabuloso, que vem sendo mantido acima do bem e do mal, com o beneplácito do Executivo e do Legislativo, daí a sua aparência com as praticas políticas vigentes no Brasil.
Tenho perseverado ao longo da minha vida, repetindo de que a política estará sempre em nossas vidas e, para o azar de muitos, o destino de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta.
O carnaval, o futebol e as tragédias caem mais ao gosto dos brasileiros, criam-se assim barreiras que impedem a formação de uma opinião própria, forma-se ai o vácuo para um comodismo e uma conveniência.
Certo que a seqüência de escândalos e a impunidade servem como desestímulo aos jovens e desesperança aos mais amadurecidos, ressabiados com o conjunto da obra no decorrer do tempo.
Não obstante, creio sinceramente que as coisas podem mudar, melhor estão começando a se transformar. Basta que as pessoas busquem informações sobre todos os candidatos, investigando de onde vem, o que fizeram e o que pretendem fazer.
Sou filiado a partido político desde que tornei-me eleitor, a época do bipartidarismo, e os filiados eram garimpados mais por sua capacidade de arregimentar pessoas e cabalar votos, ideologia contava pouco, infelizmente, pois vivíamos um período de exceção .
Posteriormente, já sem influência de ninguém, entendi que, respeitados os extremos, o que conta é a nossa concepção sobre o tamanho do Estado, sua intervenção na vida das pessoas, nos negócios.
Tornei-me o que sou ha décadas, um Liberal, que defende em todas as oportunidades, uma participação mínima dos Governos, cuidando dos setores fundamentais e disciplinando as outras áreas.
Voltarei a este tema com diversas abordagens, sempre propondo e motivando as pessoas a pensarem e atuarem politicamente em todas as horas, em todos os cantos.
O convite é que utilizem este Blog para exporem suas idéias, suas angustias, suas queixas, pois a partir desse caldo de sentimentos, proporemos ações e provaremos para nós mesmos que é possível, que nós podemos.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.